Os três jatos E195-E2 da Belavia, companhia aérea nacional do Bielorrússia, decolaram da capital Minsk na terça-feira (26) com um mesmo destino, o Aeroporto Nursultan Nazarbayev, na cidade de Astana, no Cazaquistão.
O que até poderia ser confundido com fretamentos internacionais teria sido na realidade uma ordem da AerCap, empresa de leasing dona das aeronaves, para que os três jatos da Embraer fossem armazenados em clima seco.
No entanto, a Air Astana, companhia aérea do Cazaquistão que também é cliente do E2, informou à BBC que as aeronaves foram levadas para seu país a pedido da Belavia já que não seriam utilizadas nos próximos meses.
Outros motivos para o traslado dos E195-E2 seriam a necessidade de atualização dos softwares dos aviões fora da Bielorrússia, algo que a Embraer negou à reportagem britânica.
Banimento após pouso forçado
A Belavia vem sofrendo retaliações de países no Ocidente após o episódio ocorrido com um voo da Ryanair em maio e que foi obrigado a pousar na Bielorrússia para que o governo prendesse o jornalista Roman Protasevich e sua namorada Sophia Sapega, que estavam a bordo.
O voo FR4978 havia saído de Atenas com destino a Vilnius, capital da Lituânia, quando foi interceptado por caças da Força Aérea da Bielorrússia e forçado a desviar sua rota.
O incidente diplomático fez que com que várias nações proibissem o sobrevoo de aviões bielorussos, fazendo com que a malha de voos da Belavia ficasse limitada a destinos na Rússia e outras antigas repúblicas soviéticas, além de países no Oriente Médio.
Metade da frota de aviões da Belavia é de jatos da Embraer. Além dos três E195-E2, a companhia possui cinco E175 e sete E195 de primeira geração.
A empresa havia fechado o leasing dos E195-E2 em fevereiro do ano passado e recebeu o primeiro avião em dezembro.