A Ethiopian Airlines retomou uma concorrência para uma aeronave de 100 assentos após mais de dois anos. A companhia aérea africana cogita fechar um pedido de jatos para ocupar a lacuna entre seus turboélices Dash 8 e Boeings 737.
Desde 2018 os candidatos são o Airbus A220-100 e o Embraer E195-E2 dos quais deverá adquirir 10 aeronaves além de 10 opções de compra.
Em entrevista ao Airline Weekly na semana passada, o CEO da Ethiopian, Mesfin Tasew Bekele, deu a entender que o A220 seria o preferido por se “encaixar melhor no mercado da Ethiopian Airlines”.
Bekele também revelou que a Airbus ofereceu melhores condições comerciais para a aquisição, mas não quis antecipar quando a empresa tomará uma decisão.
A opção pelo A220-100, de menor capacidade, não tem sido comum. A maior parte dos clientes da Airbus tem escolhido a variante A220-300, que pode transportar até 160 passageiros, 25 a mais que seu “irmão menor”.
Já o E195-E2, maior versão da família E2, pode ser configurado com até 146 assentos, mas é normal ser operado com menos lugares como na KLM (132 assentos) e na Azul (136).
A Ethiopian pretende aposentar os seis Boeing 737-700 que estão em serviço atualmente após receber os novos jatos. Curiosamente, a companhia etíope não é uma grande cliente da Airbus, tendo apenas 18 widebodies A350 em sua frota. Os demais aviões são fornecidos pela fabricante norte-americana.
Ao que parece essa “concorrência” pela escolha é tão somente uma fachada de que há uma disputa real entre os fabricantes mas, pelas declarações já ditas pelo CEO da companhia etíope, já devem ter escolhido o modelo europeu.