Jatos E2 da Embraer escapam de novo problema em motor da Pratt & Whitney

Motor PW1100G-JM usado no Airbus A320neo pode apresentar rachaduras microscópicas; problema pode afetar cerca de 1.200 motores
Motor GTF da Pratt & Whitney
Motor GTF da Pratt & Whitney

Empresa controladora do fabricante de motores Pratt & Whitney, a RTX Corp informou nesta semana, durante uma teleconferência de resultados financeiros, que foi encontrado um novo problema nos propulsores turbofan da linha GTF.

Segundo a companhia, o problema afeta especificamente o motor PW1100G-JM. Essa versão do turbofan da Pratt & Whitney é empregado nos jatos da família A320neo da Airbus. A RTX revelou que esses motores podem apresentar rachaduras microscópicas no disco da turbina de alta pressão.

O defeito, de acordo com a RTX, é causado por uma “condição rara” de contaminação no pó metálico usado na usinagem do componente afetado no motor do A320neo. O problema, ainda segundo a companhia, pode afetar cerca de 1.200 motores do tipo fabricados entre 2015 e 2021.

Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Como resultado do problema detectado, a Pratt & Whitney pediu a verificação desses motores, que devem ser removidos dos aviões para o trabalho de revisão. Dos 1.200 motores envolvidos, 200 deles devem ser inspecionados até setembro deste ano, pois são equipamentos que estão em operação há mais tempo. Os demais devem ser avaliados no período de um ano.

Os motores PW1100G-JM atualmente em produção não foram afetados, informou a Pratt & Whitney.

Jato E190-E2: avião da Embraer usa outra versão do motor GTF (Embraer)

À agência Reuters, o CEO da RTX Corp, Greg Hayes, admitiu que a notícia pode ser frustrante para as companhias aéreas que operam aeronaves com o motor afetado pelo problema, mas alertou que trocar os equipamentos pelo turbofan alternativo da CFM International não é uma solução fácil.

“A paciência deles não é ilimitada. Mas vou dizer agora mesmo se eles quiserem trocar os motores, é um passo draconiano e provavelmente não há capacidade suficiente lá fora, pelo menos no curto prazo”, relatou o executivo.

Os motores GTF são empregados atualmente numa série de aeronaves, incluindo nos jatos E2 da Embraer – e no Airbus A220 e na primeira versão do jato russo Irkut MC-21. Os aviões brasileiros, no entanto, voam com outra versão do turbofan da Pratt & Whitney, o modelo PW1919G, que não é afetado pelo novo problema de rachaduras microscópicas.

No Brasil, os motores da linha GTF são empregados nos jatos A320neo operados pela LATAM Airlines. A Azul Linhas Aéreas também utiliza o mesmo avião de um corredor da Airbus, mas impulsionado por motores LEAP-1A da CFM International.

Total
0
Shares
Previous Post

Polônia encomenda “avião-radar” da Saab

Next Post
Boeing 737 MAX 7

Estreia comercial do Boeing 737 MAX 7 fica para 2024

Related Posts
Total
0
Share