O ex-Bombardier CSeries e agora Airbus A220 ganhou seu primeiro cliente após ser renomeado. A companhia JetBlue, dos Estados Unidos, assinou nessa terça-feira (10) um Memorando de Entendimento para 60 pedidos firmes do A220-300, o maior modelo da nova família (antes chamado Bombardier CS300). Além disso, a empresa também converteu 25 de seus pedidos atuais por jatos A320neo em encomendas pelo A321neo.
“A escolha da JetBlue pelo A220 como complemento à sua crescente frota da família A320 é um tremendo apoio, tanto do próprio A220 quanto da maneira como essas duas aeronaves podem trabalhar juntas para proporcionar flexibilidade à rede de companhias aéreas e uma ótima experiência de passageiros”, disse Eric Schulz, diretor comercial da Airbus.
O plano da JetBlue, companhia criada pelo brasileiro David Neeleman, também fundador da Azul, é receber os novos A220 entre 2020 e 2025, disse um porta-voz da empresa ao Air Transport World. O contrato em negociação ainda inclui opções de compra para mais 60 aeronaves a partir de 2025 e possibilidade de converter os pedidos de A220-300 para os modelos menores A220-100 (ex-CS100).
Ainda de acordo com a mesma publicação, os A220-300 encomendados pela JetBlue serão produzidos na fábrica da Airbus no Alabama, nos EUA, e assim ficarão isentos da altíssimas taxas de importação sancionadas por Washington aos jatos fabricados no Canadá. A segunda linha de montagem da família A220 em território estadunidense deve ser inaugurada até 2020.
“Estamos desenvolvendo nossa frota para o futuro da JetBlue, e a impressionante economia do A220-300 nos oferece flexibilidade e suporte às nossas principais prioridades financeiras e operacionais”, disse Robin Hayes, diretor executivo da JetBlue.
Os A220 fazem parte do plano de renovação de frota da JetBlue e servirão como substitutos dos jatos Embraer E190, operados pela companhia americana desde 2005. A empresa, que hoje possui 60 modelos E-Jets, foi o primeiro operador do jato comercial brasileiro.
O “novo” avião da Airbus é operado atualmente pelas companhias aéreas Swiss, airBaltic e Korean Air, que adquiriram seus modelos em negociações com a Bombardier.
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