Joe Biden diz que aviões comerciais supersônicos voltarão ao mercado em 10 anos

Presidente dos EUA comentou sobre aviões supersônicos no anúncio dos planos de infraestrutura de seu governo
A Boom planeja estrear na aviação comercial em meados de 2023 (Divulgação)
Overture, o avião comercial supersônico da Boom (Divulgação)

O presidente dos EUA, Joe Biden, acredita que novos aviões supersônicos civis voltarão aos aeroportos nos próximos 10 anos. O mandatário tocou no assunto nesta quarta-feira (7) durante uma coletiva de imprensa sobre o plano do governo relativo a melhorias de infraestrutura no país.

Biden, porém, não disse se a Casa Branca pretende apoiar iniciativas privadas de estudos sobre aviões supersônicos. Apesar da citação do presidente, a proposta de infraestrutura do governo americano não faz nenhuma menção a aeronaves capazes de superar a velocidade do som.

“Nos próximos dez anos vamos falar sobre aeronaves comerciais voando a velocidades supersônicas”, disse Biden. “Se decidirmos fazê-lo”, essa aeronave “percorrerá 2.100 milhas (3.360 km) por hora”, acrescentou.

Atualmente, a NASA e a Federal Aviation Administration (FAA), a agência de aviação civil dos EUA, estão trabalhando em projetos e elaborando novos regulamentos para aeronaves supersônicos.

A expectativa de Biden acompanha os prazos estabelecidos por várias empresas dos EUA que trabalham em projetos de novos jatos supersônicos para passageiros.

Aerion AS2
As primeiras entregas do AS2 também estão programadas para 2027 (Aerion)

A Aerion Supersonic, por exemplo, que lançar o jato executivo supersônico AS2 em 2027. Outra empresa local, a Boom Tecnology, planejar fazer o primeiro voo com um demonstrador este ano e iniciar a produção do avião comercial supersônico Overture, que deve voar em 2026.

Paralelo aos projetos da Aerion e Boom, a NASA, em parceria com a Lockheed Martin, programou para 2022 o primeiro voo de teste com o avião de estudos X-59. O objetivo da aeronave é solucionar o problema do estrondo sônico, a onda de choque causada pela passagem de aeronaves supersônicas e que tem potencial destrutivo, sobretudo em regiões habitadas.

Aeronave de pesquisa X-59 QueSST da NASA
Concepção artística da aeronave de pesquisa X-59 QueSST da NASA (NASA)

Os estudos com o X-59 devem abrir o caminho para a FAA derrubar a proibição de voos supersônicos sobre a região continental dos EUA, que vigora desde 1973 – e que foi um dos motivos que levou o lendário Concorde a ruína.

Veja mais: A triste história do único Concorde que virou sucata

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