A Embraer e a Boeing anunciaram nesta segunda-feira (18) no Dubai Air Show que a joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o jato de transporte multimissão KC-390 se chamará “Boeing Embraer – Defense“, que tera 51% de participação da fabricante brasileira.
As duas empresas também rebatizaram o KC-390 que agora passa a ser chamado C-390 Millennium – a designação anterior será usada apenas pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Assim como a outra joint venture, Boeing Brasil Commercial, e que assumirá a divisão de aviões comerciais, a Boeing Embraer – Defense também depende das aprovações dos órgãos regulatórios assim como de detalhes comerciais entre as duas empresas. A previsão é que o início de operação ocorra durante o primeiro semestre de 2020.
“A Boeing Embraer – Defense irá se basear no histórico de colaboração entre nossas empresas, no setor aeroespacial comercial e de defesa, para agregar maior valor ao C-390 Millennium, à medida que o avião está entrando em serviço e irá liderar a próxima geração de aeronaves de transporte e mobilidade aérea”, disse Marc Allen, presidente da Boeing para a Parceria com a Embraer e Operações do Grupo.
“O nome da nossa joint venture representa a forte parceria entre a Embraer e a Boeing que reforçará a competitividade global e ampliará os mercados potenciais para essa incrível aeronave , desenvolvendo e gerando maior valor para que o programa C-390 ofereça o melhor para nossos futuros clientes”, afirmou Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.
Rival para o C-130 Hercules
O C-390 é a maior aeronave militar já desenvolvida no Brasil. O projeto surgiu da necessidade da FAB de substituir o turbo-hélice de transporte C-130 Hercules por um jato que oferecesse um desempenho superior em todos os sentidos.
Revelado em 2007, o programa do C-390 foi iniciado em 2009 e o primeiro protótipo voou em 2015. A FAB encomendou 28 unidades do cargueiro tático e recebeu o primeiro avião em setembro – a segunda aeronave será entregue até o final do ano. Em agosto, Portugal anunciou a compra de cinco C-390 que serão entregues em 2023.
A parceria com a Boeing pretende ampliar o mercado de atuação do C-390 Millennium para fazer frente ao famoso turbo-hélice da Lockheed Martin que, a despeito da idade, ainda domina essa categoria de aeronaves.
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Por que a FAB não mantem algumas destas aeronaves para atuarem em incêndios??? Seria falta de capacidades técnicas, acessos rápidos da fontes de água…..????????????