A Embraer pretende vender o KC-390 Millennium para a Real Força Aérea da Nova Zelândia (RNZAF), mas para substituir uma aeronave impensável, o Boeing 757.
A RNZAF opera dois jatos 757-200 desde 2003 e que são usados para voos VIP mas também podem ser convertidos para transportar carga.
No entanto, as aeronaves já estão em serviço há mais de três décadas e apresentando problemas de confiabilidade.
Bosco da Costa Jr, CEO da Embraer Defesa & Segurança, revelou ao site Australian Defense Magazine que a empresa está monitorando a situação das duas aeronaves para propor o C-390 como solução.
A hipótese surpreende no sentido que o Millennium não tem entre seus principais papeis o transporte VIP. Mas Bosco Jr afirmou que existe um “kit VIP paletizado” e que a aeronave pode executar todas as missões realizadas pelos 757.
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Em termos de capacidade, o C-390 pode levar até 26 toneladas enquanto o 757 neozelandês é apto a acomodar cerca de 22,5 toneladas de carga útil, segundo a Força Aérea.
O Boeing tem uma autonomia bastante grande, de 7.200 km, enquanto o C-390 pode voar 2.700 km com 23 toneladas de carga útil.
Fora da competição vencida pelo C-130J
A Embraer já tentou fechar a venda do Millennium para a Nova Zelândia em 2019, mas a Força Aérea acabou escolhendo o rival C-130J Hercules.
Na época, segundo o CEO, o C-390 ainda não havia atingido a Capacidade Operacional Total (FOC) e não estava em serviço, o que ocorreria em setembro daquele ano com a FAB.
“Eles disseram que esta plataforma (C-390) era muito arriscada para eles em 2019”, disse ele à ADM.
Certamente o Super Hercules não poderia cumprir as mesmas missões do Boeing 757 já que é um turboélice. Por essa razão, Bosco Jr. vê o Millennium como um eficiente complemento à frota de C-130J.
Embora o governo neozelandês não tenha estabelecido nenhuma meta nesse sentido, uma recente falha técnica em um dos jatos deixou o primeiro-ministro do país, Christopher Luxon, no chão em Papua-Nova Guiné, em uma viagem a caminho do Japão.
Seguidos líderes da Nova Zelândia tem evitado gastar dinheiro com possíveis atualizações dos dois Boeing 757, o que pode ser um indício de que uma nova aeronave está a caminho.