Jato comercial projetado para oferecer o máximo de conforto aos passageiros, o moderno Boeing 787 Dreamliner agora também pode ser adaptado para transportar cargas na cabine. A primeira empresa a modificar um 787 para essa função foi a Kenya Airways, do Quênia.
A apresentação do avião adaptado foi tratado como fato histórico no Quênia, reunindo autoridades do país e representantes da Avianor, empresa de MRO que modificou a cabine do 787. A Kenya Airways definiu a aeronave como um “preighter”, um trocadilho em inglês combinando as palavras passenger (passageiro) e freighter (cargueiro).
“O preighter nos permitirá unir negócios e melhorar a conectividade. O Quênia exportará mais produtos para nossos parceiros em todo o mundo e estimulará negócios para fornecedores locais”, celebrou o CEO do grupo Kenya Airways, Allan Kilavuka.
A empresa diz que o 787 modificado ajudará a atender a crescente demanda por transporte de carga durante a pandemia da COVID-19, especialmente para a movimentação de produtos médicos. A Kenya Airways tem atualmente nove jatos Boeing 787-8 na frota.
“É importante operar da maneira mais competitiva. Quero agradecer à Kenya Airways e seus parceiros. Juntos, todos podemos continuar a ver uma recuperação maior” disse a Ministra da Industrialização, Comércio e Secretário de Gabinete de Desenvolvimento Empresarial do Quênia, Betty Maina.
O trabalho de remodelação no interior do avião começou no final ano passado e ele está certificado para transportar até 16 toneladas de carga na cabine de passageiros, de acordo com a companhia africana. Somando a capacidade dos porões de carga originais do 787-8, a aeronave pode transportar uma carga útil máxima de 46 toneladas.