KLM deve ficar com o 787 enquanto a Air France receberá os A350

Grupo que reúne as duas companhias aéreas teria decidido separar as frotas dos dois widebodies avançados
Boeing 787: KLM vai deixar A350 para ficar só com o Dreamliner, diz memorando da empresa (KM)
Boeing 787: KLM vai deixar A350 para ficar só com o Dreamliner, diz memorando da empresa (KLM)

A tendência nos últimos anos que levou à formação de grupos corporativos que reúnem mais de uma grande companhia aérea tem crescido nos últimos anos e com eles também os problemas para padronizar as frotas de aeronaves. Estratégias de renovação de aeronaves nem sempre coincidem, criando uma série de custos extras de treinamento, operação e manutenção.

Que o diga a LATAM após unir a TAM à Lan Chile. Apesar de parte dos aviões de pequeno porte ser semelhante, entre os jatos intercontinentais a situação complicou: enquanto a Lan operava os 767 e 787 a TAM tinha como principais aviões o 777-300 e o A330-200. Aos poucos, no entanto, o grupo tem buscado maior sinergia entre suas companhias.

Um caso semelhante ocorre também com a Air France-KLM, grupo que reúne as duas companhias de bandeira da França e Holanda. Criada em 2004, a holding que uniu as duas empresas tem buscado aproximar a lista de equipamentos para reduzir custos, mas até aqui não parecia haver um consenso sobre o que fazer com os Boeing 787 e Airbus A350 encomendados.

Tanto KLM quanto Air France voam hoje o 787-9 – 13 unidades na Holanda e 7 na França – e o projeto original previa que o novo 787-10 também fosse distribuído nas duas empresas. Da mesma forma, a encomenda de 25 A350-900 feita em 2013 deveria ser dividida não só entre elas, mas também incluir a Joon, companhia de baixo custo já condenada pelo novo presidente do grupo, Benjamin Smith.

Mas, de acordo com um memorando interno obtido pelo site Travelers Club, o grupo já teria decidido: enquanto a KLM passará a receber os novos Boeing 787 a Air France operará exclusivamente o Airbus A350.

Sem Joon e KLM, Air France deve ficar com os 25 A350-900 (Airbus)

A350 ficam na França

Embora tenham capacidades praticamente complementares, os dois jatos poderiam se sobrepor em algumas rotas. A solução encontrada pelo grupo se assemelha justamente a encontrada pela LATAM, que também opera os dois widebodies, porém, enquanto a divisão chilena tem exclusividade no 787 a brasileira concentra o A350.

Sobre os 787 ainda não há um cenário muito claro já que a Air France deve receber mais dois aviões neste trimestre e pode manter sua frota do Boeing por tempo indeterminado. Caberia à KLM receber o restante da encomenda que inclui seis 787-10, a maior versão do jato e que passará a ser entregue em junho.

Já a situação dos Airbus A350-900 é mais previsível afinal eles ainda não começaram a ser entregues. Antes esperava-se que sete unidades fossem para a KLM, porém, ainda no ano passado a companhia aérea havia informado que as entregas seriam postergadas para 2021. Rumores de que esses aviões nunca chegariam surgiram desde então e estavam certos.

Apesar de terem fabricantes diferentes e alguns conceitos próprios, os dois aviões têm em comum o mais importante para uma companhia aérea, a economia de combustível significativa. Ou seja, nem KLM nem Air France vão sentir falta do A350 ou do 787.

A empresa holandesa já dáva sinais de que o A350 não era prioridade ao empurrar as primeiras entregas para 2021

Veja também: Air France vai cortar pela metade frota de jatos A380

Total
0
Shares
1 comments

Comments are closed.

Previous Post
(Reaction Engines)

Tecnologia para criar aviões hipersônicos avança nova fase

Next Post
Gulfstream G600

Gulfstream G650ER estabelece novo recorde de velocidade na aviação executiva

Related Posts
Total
0
Share