A KLM Cityhopper admitiu nesta quinta-feira (11) que o prolongado problema de disponibilidade dos jatos E195-E2, da Embraer, afetará sua malha de voos no verão no hemisfério norte.
Em nota, a empresa aérea afirmou que “está tendo dificuldade em utilizar totalmente o E2. A KLM Cityhopper está consultando a Embraer e a fabricante de motores Pratt & Whitney para buscar uma solução para esses problemas, que não têm impacto na segurança de voo”.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Por essa razão, a empresa aérea regional terá de fazer reduções pontuais na programação de voos durante os próximos meses. “Esses ajustes afetarão os voos programados para daqui a vários meses, permitindo que os clientes sejam remarcados para voos alternativos com bastante antecedência, se necessário”, disse a KLM.
O problema do motor PW1900G envolve a atualização de componentes e software pela Pratt & Whitney, mas a empresa dos EUA não tem conseguido atender a tempo seus clientes, o que obriga algumas aeronaves a serem afastadas de serviço.
AIRWAY obteve uma posicionamento exclusivo da KLM em janeiro e que já adiantava a mesma situação. Na época, oito dos 14 jatos estavam fora de operação enquanto nesta semana cinco dos 15 E195-E2 estavam aterrados.
A CEO da transportadora holandresa, Marjan Rintel, inclusive esteve no Brasil para conversar com a Embraer a fim de buscar uma solução para o impasse.
Motor eficiente
Para contornar a dificuldade em utilizar seus E195-E2, a KLM Cityhopper decidiu estender o leasing de jatos da Embraer mais antigos e que seriam devolvidos. Além disso, a empresa aérea está fechando acordos de wet-leasing com companhias como a German Airways.
O motor GTF (Geared Turbofan, ou turbofan com engrenagens), da Pratt & Whitney, é considerado um dos mais eficientes do mercado, capaz de proporcionar economia de combustível e redução de emissões em relação a modelos de geração anterior.
No entanto, a fabricante dos EUA não tem conseguido atualizar as aeronaves afetadas já que o PW1000G é usado não apenas pelos jatos E2, da Embraer, como o Airbus A220 e A320neo.
No Brasil, a Azul, maior operadora do E195-E2 no mundo, tem conseguido manter a maior parte deles em voo. Segundo a empresa, houve um trabalho de atualizar os jatos antes de serem entregues para evitar pará-los para realizar as modificações.