A Airbus poderá em algum momento lançar o A220-500, variante de maior capacidade do jato de corredor único, mas esse momento ainda está distante, explicou Guillaume Faury, CEO da fabricante nesta quinta-feira, 17, durante a apresentação dos resultados de 2021.
“The A220-500 seria uma verão muita boa do A220, mas nós ainda não está na hora. Nós não estamos em ‘altitude de cruzeiro'” afirmou o executivo ao se referir à analogia feita anteriormente sobre o programa adquirido da Bombardier.
Segundo Faury, a Airbus está hoje mais preocupada em atingir o ponto de equilíbrio financeiro da série A220, uma meta planejada para 2025.
Faury reforçou que a fabricante tem focado em aprimorar a produção dos modelos A220-100 e A220-300, cujos custos são altos. Por conta disso, discutir um A220-500 agora seria “prematuro”.
A cogitada versão teria sido pedida por alguns clientes como a Korean Air e Air France, mas até o momento nenhuma informação oficial sobre ela foi revelada. Possivelmente, o A220-500 poderia transportar cerca de 180 passageiros, tornando-se uma opção atraente para lugar de aviões da própria Airbus.
Na semana passada, o governo da província de Quebec, no Canadá, onde fica a principal linha de montagem do jato, anunciou um investimento de US$ 1,2 bilhão no programa, em parceria com a Airbus.
Em Montreal a meta é atingir uma cadência mensal de produção de 10 aeronaves em 2025 enquanto outros quatro A220 deverão ser montados mensalmente em Mobile, nos EUA.
Atualmente, a família A220 já soma 740 aeronaves encomendas.
720 aviões comerciais a serem entregues em 2022
Durante a apresentação, a Airbus revelou que pretende entregar 720 jatos comerciais em 2022, uma alta de 20% em relação à meta do ano passado.
O principal executivo da Airbus também foi questionado sobre a elevação da cadência de produção da família A320neo.
Segundo Faury, o objetivo permanece o de atingir 65 aeronaves por mês no final de 2023, mas admitiu que a Airbus planeja elevar essa quantia para 70 ou 75 aviões a partir de 2024.
“Estamos considerando uma razão acima de 65 aviões, talvez 70 ou 75 façam sentido, mas nenhuma decisão foi tomada”, disse, acrescentando que pretende resolver o assunto em meados deste ano.