Latam admite comprar jatos Embraer mas também o A220

CEO da empresa aérea no Brasil disse que há estudos para aeronaves menores, mas negou que estratégia seja motivada pela pressão do governo
E195-E2 vs A220
E195-E2 vs A220 (Bene Riobó/Markus Eigenheer)

Durante coletiva de imprensa em que apresentou os resultados financeiros, o CEO da LATAM Brasil, Jerome Cadier, reconheceu que a empresa aérea avalia uma aeronave de 100 a 150 assentos, mas negou que a Embraer seja a fornecedora escolhida.

Segundo o chefe executivo, não apenas os jatos E2 estão sendo avaliados como também o rival Airbus A220.

“Estamos avaliando todas as opções que existem. Estamos gerando caixa, gerando resultado e queremos crescer. Para isso a gente precisa de avião. E dada a restrição de aeronaves, a gente busca alternativas para seguir crescendo”, disse Cadier.

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Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil
Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil (LATAM)

O CEO também atribuiu os rumores de que a LATAM deverá encomendar jatos menores para aproveitar um benefício fiscal que está sendo discutido pelo governo para voos regionais.

Rumores, no entanto, falam em pressão do presidente Lula para que tanto LATAM quanto Gol operem com aviões da Embraer e para isso acena com financiamentos do BNDES com juros atraentes.

A220 seria a escolha técnica

A afirmação de Jerome Cadier vai contra uma expectativa crescente que a LATAM estaria prestes a fechar um pedido de cinco a nove E195-E2, aeronave com capacidade para cerca de 136 passageiros e ligeiramente menor que o A319, o menor avião da empresa.

A319 da LATAM em Congonhas
A319 da LATAM em Congonhas (Gabriel Magacho)

O anúncio era esperado para o começo desta semana quando a cúpula administrativa da empresa aérea se encontrou o mandatário brasileiro no Chile.

No entanto, a opção pelo A220 seria em tese uma escolha mais técnica já que a frota de aviões de fuselagem estreita do grupo é fornecida apenas pela Airbus.

O A220, assim como o E2, oferece um custo operacional bem menor que jatos como o Airbus A319 e o Boeing 737, embora não tenham uma autonomia ou capacidade de carga tão grande.

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  1. Desde que não usem o dinheiro público para encher o bolso de empresa estrangeira.

  2. Será dinheiro do BNDES a juros “atraentes” (bem abaixo dos valores atuais de mercado) o que, em outras palavras, será emprestado por você, por mim e por todos os outros brasileiros. E nem irei mencionar se esses politiqueiros não estão levando uma “comissãozinha” nessa negociata.

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