Em entrevista ao Valor Ecônomico na semana passada, Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil, admitiu que o mercado de voos regionais é atrativo, mas que um projeto de expansão não está nos planos da companhia aérea no momento.
“Com a pandemia todos os planos de crescimento foram revistos. Hoje eu te diria que a gente pode crescer bastante, a quantidade de cidades atendidas pela LATAM, sem pensar numa frota nova”, disse o executivo.
Cadier afirmou que a atual frota doméstica da empresa, formada por jatos A319, A320 e A321, é capaz de atender mais 15 a 20 cidades, além das 55 hoje em operação.
“Para operar além de 70 cidades, aí sim eu precisa ter uma frota (de aeronaves) menor(es) ou um parceiro”, explicou. Sobre o possível parceiro, Cadier deu a entender que ele poderia ser estrangeiro já que em sua declaração o suposto grupo deveria mostrar interesse pelo Brasil.
Para o CEO da LATAM, o mercado regional no país sofre de falta de concorrência por só contar com voos da rival Azul. “Você só tem um concorrente basicamente operando rotas menores, por sinal praticando preços muitos altos porque não existe concorrência nessas rotas”, afirmou.
Embraer sempre considerada
Jerome Cadier também foi questionado sobre um possível interesse nas aeronaves da Embraer assim como no Airbus A220, jato que passou pelo Brasil recentemente em turnê.
Apesar de reafirmar que a LATAM pretende manter a opção pela Airbus em rotas de curta e média distância, o executivo reconheceu que a Embraer é sempre levada em conta em análises de possíveis encomendas.
Já no mercado internacional, a estratégia da companhia é manter apenas os Boeing 777 e 787 nos voos de passageiros no futuro. Já o Boeing 767 deve gradualmente deixar as rotas de longa distância enquanto as aeronaves são convertidas para carga.
Veja a íntegra da entrevista abaixo: