LATAM diz avaliar jatos Embraer mas decisão não foi tomada ainda

CEO da divisão brasileira, Jerome Cadier também considera o 737 em meio à falta de aeronaves Airbus para a frota
Jatos da LATAM
Jatos da LATAM (LATAM)

A LATAM Airlines continua disposta a operar outros tipos de aeronaves de corredor único que não a família Airbus A320.

No entanto, embora esteja avaliando aviões como o Boeing 737 e o Embraer E2, não há qualquer decisão a respeito, afimou o CEO da divisão brasileira, Jerome Cadier durante anúncio dos resultados do grupo chileno na sexta-feira.

Segundo ele, desde 2023 a empresa aérea passou a buscar outros tipos de aeronaves além do A320 e seus derivados a fim de reforçar a frota em virtude da demanda aquecida.

Há pouco menos de um ano, a LATAM fez um lance ousado ao enviar uma carta aos arrendadores dos 737 MAX da Gol afirmando que tinha interesse em alugá-los.

Jato E195-E2 da Embraer

A jogada motivou protestos da rival, que havia dado entrada no Capítulo 11 nos EUA a fima de renegociar suas dívidas com credores.

Sobre os aviões E2, da Embraer, Cadier não descartá-los, mas que qualquer decisão dependerá das perspectivas do mercado.

No ano passado, a Embraer iniciou conversas com a LATAM e a Gol, incentivadas pelo governo Lula, que fez um apelo para que operassem aviões da empresa.

Apesar de alguns rumores favoráveis, nenhum pedido foi revelado.

Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil (Divulgação)

Resultados positivos expressivos em 2024

O Grupo Latam divulgou resultados bastante positivos no ano de 2024, com lucro líquido de quase US$ 1 bilhão.

Foram transportados 82 milhões de passageiros, seu recorde histórico. A empresa também registrou uma liquidez de US$ 3,4 bilhões, com uma relação de 1,7 vezes o endividamento líquido.

O ano terminou com uma malha de 151 destinos em 27 países e uma frota de 347 aeronaves, 16 delas recebidas nos últimos 12 meses.

Possível fusão Gol-Azul  ainda pouco clara

Jerome também respondeu a vários questionamentos sobre a intenção da Gol e Azul combinarem seus negócios.

As rivais, que passam por dificuldades financeiras, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU em inglês) não vinculante em que estabelecem os passos para estudar uma possível fusão.

Segundo o CEO da LATAM Brasil, “é muito cedo para fazer qualquer avaliação já que o memorando é muito genérico”.

Jatos da Gol e Azul (Alexandro Dias)

Para ele, enquanto a proposta de negócio não for revelada, não há muito a dizer sobre isso. O executivo voltou a observar que uma eventual associação terá de contar com medidas muitos claras de mitigação dos reflexos.

Com 60% do mercado doméstico, Azul e Gol dizem ter apenas 10% de sobreposição de rotas, mas Jerome Cadier afirmou que cada aeroporto terá de passar por uma avaliação especifícica já que em alguns deles a presença das duas é massiva.

Mais uma vez ele disse que a situação das duas concorrentes – alto endividamento – não se resolve com fusão e sim com reestruturação.

“E no mundo já vimos várias fusões de empresas menores que acabaram não aprovadas”, lembrou Cadier.

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