A LATAM Airlines pode fechar um pedido de cinco jatos Embraer E195-E2, revelou a Folha de São Paulo. O acordo, cujos detalhes não estão claros, seria uma contrapartida para um empréstimo a juros abaixo do mercado a ser fornecido pelo BNDES.
O jornal afirma que a operação das aeronaves vai contra o desejo da matriz no Chile, mas que as condições atrativas do financiamento teriam feito o grupo LATAM aceitar a pressão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, o governo está buscando aprovar um alívio de impostos para incentivar a expansão da malha de voos regionais no Brasil.
A Embraer reconheceu recentemente que está negociando a venda de seus jatos não apenas para a LATAM mas também a Gol.
Atualmente apenas a Azul possui uma ampla frota de E-Jets de primeira e segunda geração. Treze E195-E2 deverão ser entregues apenas em 2024.
Antecessora foi maior empresa aérea regional do Brasil
Nos últimos anos, a LATAM enxugou sua malha de voos focando em rotas de maior demanda além de destinos internacionais.
Trata-se de uma estratégia oposta à sua antecessora brasileira, a TAM, que se destacou no mercado por implantar uma malha aérea densa com aeronaves que iam do monomotor Cessna Caravan ao widebody Airbus A330-200 e o Boeing 777-300ER.
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Com sua capilaridade, a TAM superou tradicionais empresas como VARIG, VASP e Transbrasil, que posteriormente acabaram falindo.
Atualmente a menor aeronave da frota da LATAM é o Airbus A319, que possui configuração de 144 assentos, pouco acima do E195-E2 (136 assentos em média).
Só pegando dinheiro com juros baixíssimos para compensar o aumento de custos com a operação de um outro modelo de aeronave. E a diferença tem que ser bem significativa e torcer para que o “tiro não saia pela culatra”.