O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira, 8, a Lei de Combustível do Futuro, que prevê a ampliação do uso de produtos sustentáveis em vários setores.
Na aviação, a nova lei cria o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que estabelece o uso obrigatório do Combustível Sustentável de Aviação (SAF na sigla em inglês).
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A partir de 2027, as companhias aéreas serão obrigadas a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do SAF, na sigla em inglês, inicialmente com 1% de redução e que irá atingir 10% em 2037.
Meta de descarbonização
A Embraer, cujo CEO, Francisco Gomes Neto, participou da cerimônia de sanção da lei, comemorou a regulamentação.
“Estamos confiantes de que em breve o Brasil fará parte dessa cadeia de valor, produzindo e exportando combustível sustentável para aviação,” disse Gomes Neto. “A aprovação da Lei do Combustível do Futuro demonstra que o país tem todas as condições de ser um dos líderes globais na produção e utilização de SAF, e estamos honrados em poder colaborar com este debate estratégico.”
A empresa vê a iniciativa, que somada à maior eficiência de jatos como os E2, como uma forma efetiva de descarbonização do setor aéreo a médio prazo. O SAF pode reduzir até 80% das emissões de carbono.
No entanto, embora as aeronaves da Embraer possam ser abastecidas com 50% de combustível sustentável, a produção ainda é em pequena escala, e o custo elevado. A lei, espera-se, vá incentivar a investimentos para expandir a oferta.