O leilão do porta-aviões São Paulo da Marinha do Brasil foi encerrado nessa quinta-feira (29) sem um comprador. Única empresa credenciada para comprar o barco, a Mediterranean Ships Breaking (representada pela TP Abastecimento e Serviços Navais LTDA, de Niterói – RJ), não avançou no processo de aquisição. O lance mínimo para arrematar o navio era fixado em R$ 5.309.733,65.
O processo de licitação para vender a embarcação, conduzido pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON, vinculada ao Ministério da Defesa), começou em setembro de 2019, mas acabou suspenso em agosto deste ano e retomado neste mês.
A Marinha tenta vender o “casco” do antigo porta-aviões, que não tem mais condições de navegar. A embarcação foi oficialmente descomissionada do serviço militar em 2017.
Sem condições de ser reformado ou vendido para outro país, o porta-aviões aposentado foi oferecido no mercado como sucata. Nesse intuito, o leilão foi aberto somente para empresas dispostas a desmontar o barco, além de pagar o reboque da embarcação até o local de desmanche.
A última palavra sobre onde e como o navio pode ser desmontado é da França, que vendeu o porta-aviões (ex-Foch) usado à marinha brasileira em setembro do ano 2000. Uma cláusula no acordo assinado entre os dois países define que a embarcação deve ser desmantelada de forma segura e ambientalmente adequada em estaleiros de reciclagem certificado pela União Europeia.
Esse detalhe no contrato evita que o porta-aviões desativado seja enviado para os desmanches de navios na Índia, que não possuem as certificações da UE. O mais famoso fica na praia de Alang, na costa oeste do país, onde velhas embarcações são desmontadas por homens e máquinas em condições precárias e sem nenhum cuidado com os resíduos poluentes.
Museu flutuante
Outra opção é transformar o porta-aviões em museu flutuante, como tenta exaustivamente o Instituto São Paulo-Foch. Ex-militar da FAB e presidente da associação, Emerson Miura disse ao Airway que a indefinição do leilão pode ser uma nova chance para tentar sensibilizar a Marinha sobre a iniciativa.
“Acreditamos que Marinha vai abrir um novo edital para leiloar o casco do porta-aviões, talvez até por um preço mais baixo. O nosso trabalho agora está concentrado para incluir o Instituto num próximo leilão”, contou Miura.
A Marinha do Brasil ainda não comentou qual será o novo destino do NAe São Paulo ou se haverá um novo leilão.
“Pela dificuldade que notamos no processo de venda e desmonte do barco, a proposta de transformar o navio em museu acaba sendo uma alternativa. Temos plenas condições de comprar o porta-aviões e transformá-lo em museu e centro cultural”, acrescentou o diretor do Instituto.
Segundo Miura, o plano do Instituto São Paulo-Foch é levar o navio para Santos. “Essa é a única oportunidade de preservação do maior símbolo de nossa aviação embarcada. O porta-aviões Minas Gerais já se foi, ainda temos o São Paulo.”
Maior navio de guerra do Brasil
Maior embarcação militar que serviu com a bandeira brasileira, o navio-aeródromo São Paulo chegou às mãos da Marinha no ano 2000, comprado da França por US$ 12 milhões durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O navio foi o substituto do NAeL Minas Gerais, que operou no Brasil entre 1960 e 2001, e posteriormente acabou desmontado em Alang.
Quando ainda estava ativo, o São Paulo era o porta-aviões mais antigo do mundo em operação. A embarcação foi lançada ao mar em 1960 e serviu com a marinha da França com o nome FS Foch, de 1963 até 2000. Sob a identidade francesa, o navio de 32,8 mil toneladas e 265 metros de comprimento atuou em frentes de combate na África, Oriente Médio e na Europa.
Com a Marinha do Brasil, no entanto, a embarcação teve uma carreira curta e bastante conturbada, marcada por uma série de problemas mecânicos e acidentes. Por esses percalços, o navio passou mais tempo parado do que navegando. Em fevereiro de 2017, após desistir de atualizar o porta-aviões, o comando naval decidiu desativar o NAe São Paulo em definitivo.
Segundo dados da marinha brasileira, o São Paulo permaneceu um total de 206 dias no mar, navegou por 54.024,6 milhas (85.334 km) e realizou 566 catapultagens de aeronaves. A principal aeronave operada na embarcação foi o caça naval AF-1, designação nacional para o McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, hoje operados a partir de bases terrestres.
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Só mesmo muita propina pode ter justificado a compra desse lixo. Para nao passar mais vergonha deveriam aceitar a proposta de faze-lo um museu, pelo menos, alem do museu o brasileiro podera constatar o qusnto somos assaltados pela sordida politica brasileira.
Bom dia, sugiro que as forças armadas ataque no aqui pelado de São Pedro sao Paulo e criar um ponto de apoio no nosso ponto distante para dar apoio é ter uma equipe de socorro proxima sera que alguém tem como sugerir ao comando naval
No comentário anterir onde digo ataques dizer colocar a nave la como uma pista de apoio criar uma estencao e ter uma equipe da marinha para dar suporte emergencial
É mais lógico, quem seria louco de comprar uma joça dessa além de nós?!?!?