A NASA selecionou a divisão Skunk Works da Lockheed Martin para projetar e construir um demonstrador supersônico capaz de emitir um “boom” supersônico mais baixo. O aparelho, também conhecido como X-Plane, será tripulado e deverá realizar seu primeiro vôo em 2021.
“É super emocionante estar de volta projetando e pilotando aviões “X” em escala natural. Nossa longa tradição de resolver as barreiras técnicas do voo supersônico para beneficiar a todos continua”, disse Jaiwon Shin, representante da NASA. “Estamos honrados em continuar nossa parceria com a NASA para permitir uma nova geração de viagens supersônicas”, disse Peter Iosifidis, gerente do programa “Low-Boom Flight Demonstrator” da Lockheed Martin Skunk Works.
O principal objetivo do programa é ajudar a NASA a estabelecer um padrão de ruído supersônico comercial aceitável para barrar os regulamentos atuais que proíbem viagens supersônicas comerciais por terra. Uma das principais dificuldades das aeronaves comerciais supersônicas é o alto ruído causado pela quebra da barreira do som.
Segundo a NASA, o LFBD voará até Mach 1,4 (1.728 km/h) a uma altitude de 16.700 metros sobre áreas povoadas para descobrir se a explosão sonora será ouvida por pessoas que vivem nas comunidades sob as áreas de testes de voo.
Para baraterar seu custo, o novo “X-Plane” construído pela Skunk Works usará peças de jatos como T-38 (canopy), F-16 (trem de pouso) e F/A-18 (muitos componentes) – o motor é um GE 414 -400 do caça Super Hornet. A aeronave terá 28,6 metros de comprimento e pequenos canards à frente do cockpit.
A Nasa espera atingir um ruído de boom sonoro de 70 a 75 decibéis, inferior aos 105 decibéis do Concorde – o famoso supersônico anglo-francês foi proibido de voar sobre os EUA porque fez muito barulho.
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