Um dos aviões mais populares da indústria aeronáutica militar dos EUA, com 4.604 unidades produzidas, o icônico caça F-16 “Fighting Falcon” voltará a ser produzido em série pela Lockheed Martin a partir do próximo ano, revelou nesta semana o diretor financeiro da fabricante, Jesus Malave, à agência de notícias Reuters.
A produção da aeronave foi interrompida em 2018 na sede da Lockheed Martin em Fort Worth, no Texas, abrindo espaço para a nova linha de montagem do caça F-35, que passou a ser o foco da instalação. Nesse meio tempo, a empresa americana montou uma nova fábrica em Greenville, na Carolina do Sul, para continuar a produção do F-16. A unidade foi inaugurada no ano passado.
Segundo Malave, os primeiros exemplares do novos lotes do F-16 (na versão Block 70/72) serão entregues em 2024. A empresa ainda tem uma carteira com quase 130 pedidos pelo caça de variados clientes, incluindo as forças aéreas do Bahrein, Taiwan, Eslováquia. Outros potenciais compradores são as forças armadas da Bulgária e Jordânia.
A retomada na produção do F-16 programada para 2023 ocorrerá com cerca de um ano de atraso. De acordo com o diretor financeiro da Lockheed Martin, a demora aconteceu devido a dificuldade na contratação da nova força de trabalho e treinamento de funcionários, o que ele classificou como um “pequeno desafio” para a empresa além do esperado.
“Há muito interesse na aeronave”, disse Malave, acrescentando que fábrica em Greenville provavelmente deve conseguir finalizar até três caças F-16 por mês.
Projetado originalmente pela General Dynamics, o F-16 voou pela primeira vez há quase 50 anos, em 20 de janeiro de 1974, no que pode considerado uma “decolagem acidental”. Em 1993, o programa foi assumido pela então Lockheed Corporation, que posteriormente mudaria o nome para Lockheed Martin, após a fusão com a Martin Marietta Corporation, em 1995. Atualmente, o caça está em serviço em 25 países.