Após anunciar a volta à operação dos seus Airbus A340-600, a Lufthansa deve reativar a frota de oito Boeing 747-400 que estão sem uso desde março de 2020.
Os 747 serão operados até 2023 quando a companhia espera pelos novos Boeing 777-9, atualmente em processo de certificação nos EUA, disse um porta-voz ao site Simple Flying.
A Lufthansa deverá recolocar o 747-400 em serviço a partir de setembro em voos para Dallas, Washington, Toronto, Bangalore e Mumbai, de acordo com a programação da malha aérea atual.
Entregue a partir de 1989, o 747-400 foi a seu tempo o maior jato de passageiros do mundo, com alcance bastante extenso, de 13.500 km.
A Lufthansa chegou a receber 31 aeronaves do tipo, mas aposentou 23 Jumbos desde 2011. A companhia aérea também opera 19 Boeing 747-8, variante aprimorada e ainda maior do avião.
A despeito da pandemia, o 747-8 continua em serviço como maior aeronave da frota já que a Lufthansa também deixou de voar com o Airbus A380.
Ao contrário do 747-8, que possui primeira classe, o 747-400 é configurado em três classes – business, econômica premium e econômica – com até 393 assentos.
Demanda de voos de longo alcance em alta
A mudança nos planos foi motivada pelo aumento da demanda de voos de longo alcance. A empresa alemã se encontra num período de transição, aguardando as entregas dos primeiros 787-9 e 777-9 enquanto planeja retirar de serviço aeronaves mais antigas.
A Lufthansa possui atualmente 17 Airbus A350-900 e fez um pedido extra de cinco aeronaves recentemente, mas o ritmo de entregas ainda está aquém da necessidade, daí a ser preciso manter alguns modelos considerados ineficientes como o 747-400 e o A340-600.
Talvez o 747-400 acabe ficando ativo mais tempo do que se esperava. A Boeing pode entregar o primeiro 777X apenas em 2024, estendendo ainda mais a carreira do icônico modelo.