A Lufthansa oficializou uma oferta por uma participação minoritária na ITA Airways, companhia aérea que substituiu a Alitalia desde outubro de 2021.
O movimento já era esperado após o governo italiano aprovar uma regra que permitira que apenas empresas aéreas participassem do leilão de venda de ações da ITA. Por conta disso, o fundo Cerberus e seus parceiros, a Delta e Air France-KLM, acabaram barrados – a dupla europeia está proibida de negociar a compra de outras empresas por conta do empréstimo a ser pago para a União Europeia no progama de ajuda financeira da época da pandemia do Covid-19.
“Hoje, a empresa apresentou uma oferta ao Ministério da Economia e Finanças italiano (Ministero dell’economia e delle finanze) para concluir um Memorando de Entendimento (MoU) a este respeito”, diz nota da Lufthansa.
Apesar de prever a aquisição de uma fatia menor da ITA Airways, a proposta da Lufthansa também inclui opções para adquirir as ações remanescentes no futuro.
“Essas negociações se concentrariam principalmente na forma de um possível investimento de capital, na integração comercial e operacional da ITA no Lufthansa Airline Group, bem como nas sinergias resultantes. No caso de um acordo vinculativo ser alcançado, sua implementação estaria sujeita à aprovação pelas autoridades competentes”, acrescentou uma transportadora alemã.
Para a Lufthansa, a Itália representa o segundo mercado externo mais importante, após os Estados Unidos. A empresa tenta há tempos fincar os pés no país, inclusive estudando ofertas pela Alitalia. Atualmente, ela mantém a subsidiária regional Air Dolomiti na região.
Comenta-se que a Lufthansa oferecerá entre 230 milhões e 240 milhões de euros por 40% da ITA Airways, que tem apresentado prejuízos seguidos em sua operação.