A despeito do reforço de jatos Boeing 787-9 que serão usados para cobrir o atraso do 777-9, a Lufthansa pode ampliar sua frota também com o rival A350 em breve. Segundo o site Aero.de, a companhia aérea alemã estaria negociando com a Airbus assumir slots de produção de aeronaves que pertencem à Qatar Airways e a Aeroflot.
Enquanto a companhia aérea russa está proibida de receber aeronaves no Ocidente por conta da invasão russa à Ucrània, a Qatar suspendeu as entregas do widebody por conta da discussão judicial a respeito do desgaste prematuro da superfície de parte de seus A350.
As conversas não só incluem a entrega de A350-900 como também slots da variante A350-1000, de maior capacidade, e que até o momento não foram encomendados pela Lufthansa.
O interesse pelas aeronaves da Airbus seria explicado pela necessidade de reforço da frota de longo alcance por conta da crescente demanda de viagens aéreas.
Na semana passada, Carsten Spohr, CEO da empresa, chegou a cogitar retirar alguns A380 do armazenamento para reforçar a malha de longa distância enquanto o Boeing 777-9 não é entregue.
Mas o A350-1000 é, sem dúvida, uma aeronave mais próxima do desempenho e capacidade do 777-9 do que o Boeing 787-9, que leva menos passageiros até que o A350-900.
Por conta de problemas em seu programa de desenvolvimento e as regras mais duras da FAA (agência de aviação civil dos EUA), o gigante 777-9 só deverá ter os primeiros exemplares entregues em 2025, dois anos depois do que a Lufthansa esperava.
Perguntada sobre o assunto, a Lufthansa não quis comentar a informação.