O Grupo Lufthansa anunciou mudanças temporárias em suas operações no Brasil devido à escassez de aeronaves, com impacto nas rotas São Paulo–Munique e Rio de Janeiro–Frankfurt. A rota São Paulo (GRU)–Munique (MUC), que iniciaria em 9 de dezembro de 2024, foi suspensa até 30 de março de 2025, e a frequência Rio (GIG)–Frankfurt (FRA) reduzirá de cinco para três voos semanais a partir de março.
A Lufthansa informou que a decisão está diretamente ligada à limitação de aeronaves em sua frota, uma situação que afeta não só a empresa como outras do setor, pressionadas pela recuperação pós-pandemia e atrasos na fabricação de aviões por parte de fornecedores como Boeing e Airbus.
A suspensão e a redução dos voos impactam diretamente o mercado brasileiro, um dos destinos prioritários da companhia na América Latina. Passageiros afetados serão realocados em outras conexões, e a Lufthansa está incentivando a transferência para rotas de alta frequência na América do Norte, um movimento que ajuda a reduzir custos operacionais enquanto mantém a oferta em mercados estratégicos.
Ajustes operacionais e alternativas
Os ajustes também refletem esforços da Lufthansa para otimizar sua frota reduzida sem comprometer os índices de pontualidade. Para minimizar impactos nos passageiros, a companhia já disponibilizou as mudanças em seu sistema de reservas, permitindo a realocação de viagens ou reembolso para aqueles que optarem por cancelar. O impacto logístico também poderá aumentar a procura por voos operados em parceria com outras companhias da Star Alliance, como a United Airlines.
A Lufthansa é uma das várias empresas aéreas que enfrentam dificuldades operacionais semelhantes. A Latam, por exemplo, também comunicou que alguns voos para Boston seriam transferidos para operação pela parceira Delta, devido à indisponibilidade de aeronaves em rotas específicas.