A Lufthansa pretende aposentar todos os aviões com mais de 25 anos em serviço, entre eles oito modelos de jatos de grande porte. A informação foi revelada pelo relatório anual de 2020, apresentado nesta semana pelo CEO do grupo, Carsten Spohr, e o chefe financeiro, Remco Steenbergen.
O objetivo é encerrar a operação de 115 aeronaves consideradas poluentes e ineficientes, o que “irá reduzir a complexidade, custos e emissões”, diz a empresa.
Por conta disso, a Lufthansa enxugará o número de modelos de longo alcance, de 13 para oito, incluindo aí duas aeronaves novas, o 787-9 e o 777-9, ambos da Boeing.
Entre os quadrimotores, apenas o 747-8 será mantido em serviço, representando menos de 15% da frota de longo alcance em meados da década.
Segundo a apresentação da companhia aérea, serão aposentados o A340-300 e A340-600, A330-200, MD-11F, 777-200, 767-300, 747-400 e o imenso A380. Restarão então o 747-8, 777-300ER, A350-900 A330-300 e o cargueiro 777F, além dos novos 777-8 e 787-9.
A Lufthansa espera com isso reduzir a emissão de CO2 em 15% dentro de quatro anos. Segundo o CEO, a maior parte da encomenda de 40 Boeing 787-9 irá para a Lufthansa, que necessita de aviões de menor capacidade. Embora a empresa tenha deixado no ar o que fará com oito dos A380, o executivo confidenciou que não vê perspectivas de retorno para o imenso quadrimotor da Airbus.
Spohr não comentou a respeito da frota de aviões de corredor único, mas a apresentação mostra 40 unidades do A320 programadas para serem aposentadas. Recentemente, ele reconheceu que a empresa negocia com a Embraer uma possível encomenda de aviões E2, de menor capacidade e mais adequados à realidade de mercado atual.