A Lufthansa quer voar com seus novos Boeing 787-9 Dreamliner para destinos na América do Sul, revelou o CEO da empresa aérea, Carsten Spohr.
A despeito de representar apenas 2% da receita operacional da transportadora em 2023, a região tem mostrado potencial. “As rotas que voamos estão muito bem reservadas”, disse Spohr durante coletiva em 7 de março em Frankfurt. “A América do Sul é um mercado muito interessante para nós.”
Segundo ele, a Lufthansa não tem conseguido atender adequadamente a rede de voos para o Atlântico Sul. “Os widebodies maiores são muito grandes e aeronaves menores de longo curso como o A340 não são eficientes o suficiente para rotas tão longas de Frankfurt e Munique,” disse o chefe da companhia alemã.
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Atualmente a Lufthansa está voando com os quadrimotores Airbus A340 para Bogotá, na Colômbia, e Rio de Janeiro, no Brasil. Destinos com maior demanda, São Paulo e Buenos Aires são atendidos com o Boeing 747-8, uma aeronave enorme, mas que na companhia aérea alemã está configurada com apenas 364 assentos em quatro classes.
O Boeing 787-9 não fica longe disso, com 294 assentos em três classes, mas com mais lugares na classe econômica. Mais leve e eficiente, o bimotor possui um grande alcance e oferece um custo operacional bem melhor que o ‘Jumbo’ e o A340.
No entanto, a Lufthansa só possui cinco aeronaves do tipo em sua frota, a primeira recebida em agosto de 2022.
Airbus A350 foi esquecido
“Assim que tivermos 787 suficientes, seremos um competidor mais forte neste mercado”, garantiu Spohr. A Lufthansa espera entregas de cerca de dez Boeing 787-9 em 2024, cinco a menos do que o planejado.
A transportadora, no entanto, não citou o A350-900 como uma alternativa para voar para a América do Sul, como fazem a Iberia e a British Airways, por exemplo.
O jato de longo alcance da Airbus tem um desempenho até mais adequado para longas distâncias, além de uma capacidade de passageiros ligeiramente maior, com seus 318 assentos.
Ao contrário do 787, a Lufthansa já conta com 23 A350 em sua frota.