A Boeing não deve contar com a certificação de tipo do 737 MAX 10 antes do verão de 2023 no hemisfério norte, de acordo com uma carta da FAA (Federal Aviation Administration) a que a agência Reuters teve acesso.
Na prática, a maior variante já criada do 737 só deve ser aprovada portanto no segundo semestre do ano que vem, praticamente um ano depois do previsto. O MAX 10 será capaz de transportar até 230 passageiros e é uma resposta ao bem sucedido A321neo. A Boeing tem obtido um volume crescente de pedidos do modelo nos últimos meses, entre eles a Gol.
Por conta disso, crescem os temores que o programa pode atrasar ainda mais já que o Congresso dos EUA aprovou uma nova lei que amplia as exigências sobre segurança no cockpit, obrigando as fabricantes a investir em um novo sistema de alerta capaz de evitar os problemas que derrubaram dois 737 MAX em 2018 e 2019.
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A lei entrará em vigor em 2023 e pode afetar os programas 737 MAX 10 e 737 MAX 7 caso eles não sejam aprovados ainda neste ano.
A esperança da Boeing é que a proposta do Senador Roger Wicker, de estender o prazo para o final de 2024, seja aprovada no Congresso, dando uma significativa margem para que os dois programas sejam concluídos. O Republicano é membro do Comitê de Comércio do Senado e teria recebido a carta da FAA, segundo a Reuters.
A fabricante corre para aprovar o 737 MAX 7 primeiro, aeronave que tem um enorme pedido da Southwest, maior cliente do 737 no mundo. Parte da documentação do MAX 10 também está incluída no projeto do MAX 7, daí a necessidade de obter o certificado de tipo primeiro, disse Dave Calhoun, CEO da Boeing, em setembro.