O colossal Stratolaunch realizou na quarta-feira (28/2), no aeroporto de Mojave, nos Estados Unidos, sua primeira corrida de aceleração. Segundo o fabricante, a Stratolaunch Systems, durante o teste na pista a aeronave alcançou a velocidade de 74 km/h (confira no vídeo abaixo). O ensaio é uma preparação para o voo inaugural do avião gigante, que deve acontecer entre o final de 2019 e início de 2020.
O Stratolaunch é o maior avião do mundo no que diz respeito a envergadura de asas, que mede 117,5 metros de uma ponta a outra, superando o lendário Hughes H-4 Hercules, do final da década de 1940 – e com quase 30 m de vantagem em relação a envergadura do Antonov AN-225, maior avião do mundo em comprimento e peso máximo de decolagem.
A aeronave com duas fuselagens e projetada para transportar e lançar foguetes espaciais em pleno voo, técnica que promete reduzir os custos de lançamentos de veículos orbitais. De acordo com o fabricante, o Stratolaunch pesa 226.000 kg e poderá transportar cargas de até 259.476 kg.
Técnica mais econômica
Para que ainda não ouviu falar do Stratolaunch, trata-se de um avião projetado pela empresa de Burt Rutan, a Scaled Composites. Famoso pelos projetos heterodoxos, o americano e sua equipe optaram por construir uma aeronave de dupla fuselagem ligada por uma espessa asa interna e seis motores turbofan Pratt & Whitney, iguais aos usados no Boeing 747.
A técnica a ser adotada pela empresa, cujo fundador é Paul Allen, ex-sócio da Microsoft, é levar o artefato entre as duas sessões estruturais até cerca de 30 mil pés (algo como 10 mil metros) onde libera o foguete para que ele acione seus propulsores e siga rumo ao espaço, resultando em economia de combustível em relação aos lançamentos a partir do solo. Não é algo novo, mas nunca tentado numa escala tão imensa.
Por essa razão, o Stratolaunch poderá transportar cargas semelhantes ao peso do que leva o Antonov An-225, porém, com um volume muito maior por não ter as limitações do compartimento de carga.
A ideia, no entanto, não está sendo explorada somente pela Stratolaunch. A Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson, cuja sede é vizinha à Stratolaunch Systems, planeja uma ideia mais simples: adaptar um Boeing 747-400 para essa função.
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