Maior drone brasileiro, Atobá fará aparição pública pela primeira vez

Aeronave não tripulada desenvolvida pela empresa Stella Tecnologia pesa meia tonelada e é capaz de permanecer em voo por 28 horas ininterruptas
O drone Atobá (Stella Tecnologia)

O Atobá, maior drone fabricado no Brasil, participará da Rio Innovation Week 2022, evento de tecnologia e inovação que acontece entre os dias 13 e 16 de janeiro no Jockey Club Brasileiro na capital fluminense.

Para quem nunca ouviu falar da aeronave não tripulada, Airway apresentou o modelo em uma entrevista com Gilberto Buffara, CEO da Stella Tecnologia, que desde 2015 desenvolve o projeto.

Com 500 kg e asas com envergadura de 11 metros, o Atobá é equipado com um motor a gasolina instalada na parte posterior da fuselagem e que move hélices propulsoras. Um dos grandes trunfos é a autonomia de 28 horas transportando até 70 kg de equipamentos para monitoramente.

Segundo a Stella, o UAV pode executar diversas tarefas remotas como “monitorar a floresta Amazônica, nossa faixa oceânica e cuidar do país fiscalizando o desmatamento, as queimadas, e poluidores institucionais dos nossos mares”.

O aparelho e controlado por uma estação de rádio portátil (Stella Tecnologia)

No evento, que começa na próxima quinta-feira, Buffara fará uma palestra sobre a indústria das aeronaves não tripuladas e sobre o desenvolvimento do Atobá, que fará sua primeira aparição pública.

A Stella foi fundada há pouco mais de seis anos por Buffara e Eudes de Orleans e Bragança e contou com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da universidade privada Estácio de Sá.

Na época da entrevista, o CEO alimentava a expectativa de comercializar o Atobá, que possuía preço bastante atraente, de US$ 8 milhões para duas aeronaves e uma estação de controle. Segundo o executivo, as três forças armadas brasileiras demonstraram interesse no aparelho.

No final de 2021, no entanto, a Força Aérea Brasileira assinou contrato com AEL Sistemas para o fornecimento de mais dois drones Hermes 900, fabricados pela israelense Elbit, proprietária da primeira.

O Hermes 900, operado pela FAB (FAB)

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  1. Se o produto nacional é bom que as Forças Armadas priorizem a sua aquisição e só comprem de estrangeiros caso não haja similares nacionais. Tem que fomentar os fabricantes brasileiros. Acredito que a compra dos Hermes 900 seja porque este drone tenha capacidade bem superior ao Atobá mas acho que este último também possa ser utilizado pela Força Aérea e, provavelmente, a um custo menor de aquisição e operação.

  2. Para de usar termos em inglês para algo nacional? Não é UAV … é VANT (veículo aéreo não tripulado) Brasil!!!!

  3. Oi João, precisamos avisar o criador do Atobá que a aeronave não é drone e sim VANT. Veja o trecho do comunicado que a própria fabricante enviou para nós:
    “Maior drone fabricado no Brasil será exposto ao público pela primeira vez na Rio Innovation Week 2022
    No dia 14 de janeiro, às 16h, o CEO da Stella Tecnologia, empresa que fabrica o Drone Atobá, Gilberto Buffara Junior, fará uma palestra sobre a indústria das aeronaves não tripuladas e sobre o desenvolvimento do Atobá. O maior drone fabricado no Brasil, será exposto ao público pela primeira vez no Rio Innovation Week 2022.”

  4. Qual a diferença entre drone, VANT e RPAS?
    Criado em abril 3, 2019 Updated abril 3, 2019 Autor Padrão do site Categoria SARPAS
    Drone é o termo utilizado de forma coloquial e popular para se referir aos equipamentos remotamente pilotados. Drone, cuja tradução significa “zangão”, foi oriundo do tipo de ruído que esses equipamentos costumam produzir em voo, que lembra o som emitido por um zangão.

    VANT é a sigla de Veículo Aéreo Não Tripulado (tradução do termo UAV – Unmanned Aerial Vehicle), e é o termo utilizado para se referir a todo e qualquer equipamento que acesse o espaço aéreo sem que haja a presença de um ser humano a bordo. O termo VANT é considerado obsoleto pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), conforme a Organização da Aviação Civil Internaciconal (OACI) em entendimento expresso no Doc 10019, Manual On RPAS.

    RPAS, sigla de Remotely Piloted Aircraft System, é o termo técnico e padronizado internacionalmente pela OACI para se referir aos sistemas de aeronaves remotamente pilotadas utilizadas com propósitos não recreativos.

    Em relação a esse termo, cabe o questionamento: por que utilizar o termo RPAS e não SARP, sigla de Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada? A resposta é que o segmento aeronáutico utiliza termos técnicos padronizados para que haja o amplo entendimento dos significados, de forma a colaborar para a segurança das operações aéreas.

    Dessa forma, a adoção do termo SARP como tradução de RPAS para o português poderia causar confusão por já existir uma sigla SARP em uso, acrônimo de Standard and Recommended Procedures, padronizado internacionalmente para as orientações emitidas ao segmento aeronáutico pela OACI. Por esse motivo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) não adota o termo SARP para se referir aos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas.

    Fonte: https://ajuda.decea.mil.br/base-de-conhecimento/qual-a-diferenca-entre-drone-vant-e-rpas/

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