Maior motor a jato da história está pronto para voar

Novo Propulsor GE9X da General Eletric é preparado para equipar a próxima geração do Boeing 777
Os primeiros testes em voo do motor GE9X serão realizado com um Boeing 747 (General Eletric)
Os primeiros testes em voo do motor GE9X serão realizado com um Boeing 747 (General Eletric)

O fabricante de motores aeronáuticos General Eletric, dos Estados Unidos, está preparado para testar em voo o maior motor a jato da história, o turbofan GE9X. O novo propulsor, projetado para equipar a próxima geração do Boeing 777, primeiramente será testado com a ajuda de um “avião-laboratório”, um Boeing 747-400 modificado para os ensaios de novos motores da GE.

As dimensões do novo motor a jato são impressionantes. Segundo a fabricante, o GE9X tem 3,35 metros de diâmetro, quase a mesma circunferência da fuselagem de um Boeing 737. Junto a nacele que liga o propulsor a asa, o conjunto todo mede 4,42 m de comprimento, medida que “supera a altura de Shaquille O’Neil com o Kobe Bryant nos ombros”, brinca a fabricante, em referência aos famosos jogadores da liga de basquete NBA dos EUA.

A General Eletric ainda teve de encurtar a extensão das asas do 747 de teste em quase 2 metros e assim reduzir sua flexibilidade, caso contrário o motor poderia raspar na pista ao taxiar ou durante as corridas de aceleração e pouso – sem sustentação, asas de grandes aviões ficam “envergadas”, deixando os motores mais próximos do solo.

De acordo com a fabricante, o primeiro voo do 747 de teste com o novo motor está programado para o início de 2018. Já sua passagem para ensaios com o próximo 777, ainda em fase de construção, deve acontecer no início de 2019. O motor e o novo avião da Boeing vão estrear na aviação comercial a partir de 2020.

Motor de cerâmica

O GE9X foi projetado para substituir o GE90-115B, motor usado nos modelos mais recentes do Boeing 777 e dono do título de maior motor a jato da atualidade, com 3,30 metros de diâmetro.

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O propulsor de nova geração da GE gera 105.000 libras de potência, o que fica abaixo do motor da série atual, capaz de desenvolver 127.500 lbs. Em contrapartida, o GE9X é 10% mais eficiente em consumo de combustível.

O novo motor também incorpora novas tecnologias que o deixam mais leve e ao mesmo tempo mais resistente. É o caso do uso de componentes construídos em impressoras 3D industriais e o uso de novo material composto desenvolvido a partir de cerâmica, capaz de resistir a temperaturas de até 1.300°.

A General Eletric vem testando o novo motor desde março 2016, quando realizou a cerimônia do primeiro “start” do GE9X, nas instalações da empresa em Peeble, no estado de Ohio. Desde então, o propulsor vem sendo submetido a diversos ensaios, como provas em condições de gelo e testes com vento cruzado.

Veja mais: Novo jato Airbus A330-800 entra na linha de montagem final

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  1. Curioso o mundo em que vivemos onde ninguém pode ter um erro de digitação, que já vem um expert apontar o erro cheio de sarcasmo.
    E o mais interessante é a quantidade de erros de português e de pontuação em uma única linha!

  2. Minha mãe tinha um ferro de passar roupa da General Eletric… Mas por ironia teve um problema no Cabo, que precisou ser Soldado pra ter um Major vida útil…

  3. “De acordo com a fabricante, o primeiro voo do 747 de teste com o novo motor está programado para o início de 2018. Já sua passagem para ensaios com o próximo 777, ainda em fase de construção, deve acontecer no início de 2019. O motor e o novo avião da Boeing vão estrear na aviação comercial a partir de 2020.”

  4. Da p/ entender porque os EUA são o que são.
    que china russia p… nem uma países com ideologia comuna , não server p/ nada além de oprimir a raçao humana.

  5. Bom dia amigos, acredito que necessitamos primeiramente aprender a interpretar um testo para julgar o erro do escritor, pois ao que se refere o ano de 2019, trata-se do teste realizado do motor juntamente com o Boeing 777, os teste somente do motor vem sendo realizados desde 2016. Mal de muitos leem somente uma unica vez e querem interpretar um texto.

  6. O Kuznetsov NK-32, com seus 1460 mm de diâmetro e 31000lb de empuxo está mais para o F101-GE-102.
    É para uso militar, então não é feito para economizar combustível e deve ser o mais compacto possível.

  7. Acredito ser mais do mesmo, sendo que os motores atuais geram uma potencia de 127.500lbs, e estes novos vão desenvolver uma potência de 105.000lbs. Uma diferença de 17,65% de potencia para um ganho de 10% de eficiência no consumo de combustível. Mas é claro, toda evolução é bem vinda. Mas o que gostaria de saber na verdade, é se o motor emite menos gases poluidores, menos poluição sonora, e melhor aeronavegabilidade.
    A nós passageiros, torceremos que traga maior segurança e confiabilidade, uma vez que dificilmente a passagem será mais barata (pelo contrário…).
    Mas enfim… a vida segue.

  8. Vi o vídeo e fiquei pensando em quando teremos fábricas criadoras como estas aqui no Brasil, genuinamente brasileiras…

  9. Não entendi muito bem a lógica de ser desse motor, ele é maior, mais leve gasta menos, menos 10% do seu antecessor, mas tem 18% menos potência também. Acredito que as dimensões maiores da sua circunferência também sejam não sejam uma vantagem.

  10. Nossa fiquei impressionado com o tamanho do vaporizador lançado o vento gelado na turbina, imagina quantos milhares ou milhões de BTU’s tem de potência.

  11. Esse é o grande avanço tecnológico. Mas parece que o motor é maior que os anteriores.

  12. Frederico, estamos falando de motores de altíssima tecnologia e não de sucatas soviéticas. Kuznetsov NK-32…fala sério…kkkk

  13. Para uma companhia aérea, o combustível é o maior custo operacional, portanto, interessa mais as companhias ter um motor mais econômico do que ter um motor mais potente, a Potência máxima em um motor aeronáutico só é utilizada na decolagem e em situações muito específicas, logo essa força menor não faz tanta diferença para um avião que vai ser utilizado em rotas para voar 10,15 horas sem parar, nesse caso a economia de 10% representa muitos milhões de dólares poupados em QAV por isso a Potência pode ser sacrificada em nome da economia, e lógico essa Potência menor não afetará em nada a segurança da aeronave.

  14. Vejam a preocupação da enga. aeronáutica, economia e durabilidade é isso que é importante, o mesmo deveria acontecer com carros no Brasil, isso é coisa de primeiro mundo.

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