Dias após acertar um bilionário acordo por aeronaves de última geração com a Airbus, a Qantas Airways anunciou ter feito uma proposta pelos 80% restantes da Alliance Aviation, empresa especializada em fretamentos e wet-lease.
A Qantas já é dona de 20% da companhia australiana desde 2019 e desta vez pretende pagar o equivalente a US$ 443 milhões pelo controle total da Alliance – o negócio será analisado pelos acionistas e pela agência anti-truste do país.
A Alliance já é uma parceira importante da maior companhia aérea da Austrália. Seus jatos Embraer E190 são utilizados pela QantasLink para operar em rotas menores e assim liberar os Boeing 737 para destinos de maior demanda.
Atualmente, a frota da Alliance possui 63 aeronaves, sendo 20 E190 (além de outros 12 pendentes de entrega), quatro turboélices Fokker 50 e 39 Fokker 100 e 70, do qual é a maior operadora do mundo.
A aeronave holandesa, cuja fabricante faliu em 1997, é utilizada em voos charter contratados por empresas de mineração na Austrália. A maior parte da frota pertenceu à American Airlines e USAir, antes de os aviões passarem por outras empresas e chegarem à Austrália.
“A frota de aeronaves Fokker da Alliance é perfeita para atender com eficiência os clientes de regiões como a Austrália Ocidental e Queensland. Eles também têm um grande estoque de peças de reposição que podem prolongar significativamente a vida útil de uma frota combinada de cerca de 70 Fokkers”, disse Alan Joyce, CEO do Qantas Group.
Sobre os E190, Joyce afirmou que eles permitiram abrir várias novas rotas de passageiros com os 18 E190 cedidos pela Alliance. “Então trazer todas as 33 aeronaves, além de suas tripulações, para o Qantas Group realmente permitirá expandir ainda mais essa cobertura”, finalizou.
