A Rússia deu um passo importante na meta de contar com um motor turbofan de grande potência. O PD-35, da UEC-Aviadvigatel, teve o primeiro protótipo montado numa bancada de testes no início de outubro.
Com previsão de oferecer um empuxo de cerca de 35 toneladas (77 mil libras), o PD-35 é equivalente a modelos como o Trent 1000, da Rolls-Royce ou o GEnX, da GE, e cotado para equipar o jato de passageiros widebody CR929. que está sendo desenvolvido pela UAC em parceria com a chinesa COMAC.
O novo turbofan é baseado no PD-14, um motor de nova geração que está sendo testado no jato de corredor único MC-21-310, da Irkut.
O programa PD-35, assim como vários projetos russos, não é recente. Foi lançado em 2016 com o objetivo de servir como motor de algumas aeronaves pensadas pelo governo russo como as versões atualizadas dos jatos Il-96, Il-76 e mesmo um substituto do cargueiro An-124.
Com uma entrada de ar de 3 metros de diâmetro, o PD-35 será bem maior e potente que o D-18T, turbofan da década de 80 que é usado pelos quadrimotores da Antonov e também pelo An-225.
Segundo a Rostec, estatal que controla a maior parte das empresas de tecnologia da Rússia, o turbofan terá versões de 24 a 38 toneladas de empuxo.
A bancada de testes da UEC-Aviadvigatel avalia o funcionamento da seção quente do motor, que inclui um compressor de alta pressão, uma câmara de combustão e uma turbina de alta pressão.
Em paralelo, a Rostec afirma que estão sendo realizados estudos para implementar 18 novas tecnologias no motor nas áreas de design, revestimento e materiais.
“O desenvolvimento do motor PD-35 para aeronaves de fuselagem larga ultrapassou um marco importante. Há um ano e meio que se realizam os trabalhos, agora o demonstrador está sendo testado, com uma operação estável”, disse Vladimir Artyakov, diretor adjunto da Rostec.
A empresa não estipula um prazo para que o PD-35 entre em serviço, mas a expectativa é que o primeiro turbofan de testes realize o voo inaugural em 2023.
Admirável que os russos estejam desenvolvendo uma tecnologia como essa. A Rússia está na vanguarda de várias tecnologias e como a China está ao lado deles , me admira que não haja pelo menos um plágio de alguma coisa nesse projeto. Se eles tiverem sucesso os ocidentais deixarão de vender aviões de passageiros para a China, o que representa um grande impacto financeiro.