A gestação do Boeing 787 foi das mais difíceis para a fabricante de Seattle, mas agora que os principais desafios foram vencidos, o birreator avançado começa a colecionar marcos em sua carreira. Nesta semana, o modelo foi assunto em várias áreas, a mais importante delas pelo início da montagem final do primeiro 787-10, sua maior variante.
Com nada menos que 68 metros de comprimento (quase o mesmo que um 747), o novo 787 começou a ter partes da fuselagem unidas na fábrica da Boeing em North Charleston, no estado Carolina do Sul. A expectativa é que ele voe em 2017 e comece a operar em 2018 – até o momento, 154 unidades foram encomendadas apenas dessa versão.
Assim como seus irmãos menores, o 787-8 e o 787-9, o -10 se aproveita de novas tecnologias para oferecer um voo mais agradável e eficiente. Mas ele tem uma vantagem, ter um custo de operação ainda mais baixo, cerca de 25% menor que jatos do mesmo porte mais antigos.
Motor no ar
Quase ao mesmo tempo, em outra instalação da Boeing, desta vez em Seattle, um 787 decolava com o novo motor Trent1000 TEN, da Rolls-Royce. Ele será justamente o responsável pelo primeiro voo do 787-10 que está sendo montado agora. A sigla TEN significa impulso (no sentido de potência), eficiência e nova tecnologia (Thrust, Efficient and New Tecnology) e é peça-chave para que o jato consiga voar cada vez mais longe e gastando menos – curiosamente, a Rolls-Royce terá a primazia de realizar todos os voos inaugurais do 787.
E nesta semana mais uma grande companhia aérea passou a ser operadora do jato, a Air France. No entanto, o primeiro 787 francês foi arrendado da empresa AerCap, que entregará outros 11 aparelhos para a companhia. O 787 já voa com sua ‘sócia’, a KLM, e no total o grupo franco-holandês terá uma frota de 37 birreatores, sete deles da versão 787-10. Nada mal para um avião que causou temores quando começou a voar.
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