Se depender do interesse das três maiores companhias aéreas dos Estados Unidos, o NMA (New Mid-market Aircraft) já tem futuro garantido. O novo jato de média capacidade da Boeing, cotado para receber a designação 797, está sendo estudado no momento e pode ficar pronto a partir de 2025.
Segundo relatos no exterior, as companhias aéreas American Airlines, United Airlines e Delta já teriam demonstrado intenção de encomendar o novo aparelho, que será um sucessor natural do 757 e também do 767, dois modelos muito utilizados pelas três. A Delta teria ido além e revelado querer ser a companhia que lançará o NMA no mercado mundial.
Com capacidade para transportar de 220 a 270 passageiros, o “797” deve ter um alcance aproximado de 9.250 km, suficiente para que opere em rotas transoceânicas em algumas regiões do mundo. A intenção da Boeing é oferecer um jato birreator widebody com baixo custo de operação e que sirva como “antídoto” contra dois aviões da rival Airbus, A321neo e o A330-800neo. O primeiro já está em serviço e deve ganhar uma versão de longo alcance (LR) em breve. Já o segundo, um widebody de projeto revisado, estreará este ano com a companhia Hawaiian Airlines.
Como o horizonte do NMA é distante, surgiram rumores que a Boeing estaria inclinada a reativar a produção da versão de passageiros do 767 – hoje ele segue na linha de montagem, mas em versões militares ou cargueiras. A ideia, no entanto, foi rechaçada por Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing Commercial Airplanes em recente entrevista. “Eu simplesmente não vejo o 767 de passageiros de volta ao mercado”, disse o executivo.
Apesar disso, a United teria se mostrado interessada em contar com novas unidades do 767-300ER, um dos aviões mais populares em voos internacionais. Hoje tanto ela como suas concorrentes American e United operam uma frota numerosa de 757 e 767 que estão entre os mais antigos em serviço. Com pelo menos sete anos até receber o NMA, a ideia não parece assim tão absurda.
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