Mais dois objetos voadores são abatidos pela Força Aérea dos EUA no fim de semana

Objetos não identificados foram atingidos sobre o Yukon, no Canadá no sábado e sobre o Lago Huron, no Michigan
Caça F-16 dispara um míssil AIM-9 (USAF)

Após o sobrevoo do balão de vigilância chinês e da aparição de um objeto cilíndrico nas águas territoriais do Alasca, a Força Aérea dos EUA (USAF) voltou a abater outros dois objetos voadores no último fim de semana.

No sábado, um F-22 Raptor disparou um míssil AIM-9X Sidewinder contra um veículo não tripulado que estava sobre a região do Yukon, no noroeste do Canadá.

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A ação foi autorizada pelo primeiro ministro do país, Justin Trudeau. “Ordenei a derrubada de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo canadense. O NORAD derrubou o objeto sobre o Yukon. Aeronaves canadenses e americanas foram enviadas e um F-22 dos EUA disparou com sucesso contra o objeto”, disse o líder canadense no Twitter.

Assim como o veículo atingido na sexta-feira no Alasca, o objeto voador que invadiu o espaço aéreo do Canadá tinha o formato cilíndrico e voava a 40.000 pés de altitude, colocando em risco o tráfego aéreo civil.

O avançado caça F-22 foi desenvolvido pela Boeing em parceria com a Lockheed Martin (USAF)
O F-22 foi usado na maioria dos disparos contra os objetos que invadiram o espaço aéreo da América do Norte (USAF)

Objeto octagonal

Os radares do Comando do Norte voltaram a detectar anomalias sobre o estado de Montana, que motivaram o envio de caças, mas não houve identificação de nenhum objeto correlacionado com os registros de radar.

Já no domingo, o NORAD fechou o espaço aéreo sobre o Lago Michigan por volta do meio-dia, horário local, mas logo as restrições foram encerradas.

Tempos depois, surgiu a informação que os caças da USAF haviam abatido outro objeto não identificado sobre o Lago Huron que fica na divisa com o Canadá.

Soube-se então que o novo objeto voava numa altitude mais baixa, de 20.000 pés (6.000 metros) e teria um formato octagonal. Ele foi alvejado por um míssil disparado por um caça F-16.

Balão de vigilância chinês: tensão cresceu com invasões do espaço aéreo nos EUA e Canadá (Reprodução)

Tensão com a China

As aparições de balões sobre a América do Norte se intensidicaram após um objeto com o tamanho de três ônibus atravessar a América do Norte no começo de fevereiro.

Ele seria um balão de vigilância da China, segundo as autoridades dos EUA, mas o governo chinês nega, afirmando se tratar de um balão meteorológico que desviou de seu rumo.

O balão foi abatido no sábado, 4 de fevereiro, por um caça F-22 quando voava a cerca de 60.000 pés. Os destroços caíram na costa da Carolina do Sul e uma missão foi lançada para recuperá-los.

O sobrevoo elevou as tensões entre os EUA e a China. O secretário de Estado Antony Blinken suspendeu uma viagem que estava marcada para o país asiático numa tentativa de reatar laços com governo de Xi Jinping.

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