A sequência de quebras entre as companhias aéreas teve mais duas adições nesta semana. No domingo, a XL Airways pediu ajuda para a Air France e para o governo francês para continuar operando seus voos charter e nesta segunda-feira, a Adria Airways, com quase 60 anos de história, anunciou a suspensão temporária da maior parte dos seus voos por falta de caixa. A onda de colapsos foi marcada sobretudo pela falência da Thomas Cook, grupo do setor de turismo que deixou cerca de 600 mil clientes na mão.
No caso da companhia aérea eslovena Adria Airways, a suspensão ocorre nesta terça-feira, 24, e amanhã, 25. Segundo a empresa, será mantida apenas a “conexão com seu principal hub em Frankfurt e voará de Frankfurt para Ljubljana na terça-feira, 24 de setembro, e de Ljubljana para Frankfurt na quarta-feira, 25 de setembro”.
“A empresa está buscando intensivamente soluções em conjunto com um potencial investidor. O objetivo de todos os envolvidos é que a Adria Airways volte novamente e totalmente no verão e que a suspensão seja apenas temporária”, afirmou a Adria em comunicado. A companhia aérea opera a partir de três aeroportos no país, Ljubljana, Pristina e Tirana, com uma frota de 18 aviões que incluem cinco turboélices Saab 2000, 10 jatos CRJ e apenas três Airbus A319.
Fundada em 1961 ainda na época da Iugoslávia, a Adria Airways teve períodos conturbados nos anos 90 com a dissolução do país e a independência da Eslovênia. Anos depois ela acabou nas mãos do governo que a privatizou em 2016.
No rastro da Aigle Azur
Com uma frota de apenas quatro Airbus A330, a XL Airways, antiga Star Airlines, realizava voos regulares para a África, Oriente Médio, Estados Unidos e Caribe, além de fretamentos na Europa. Na quinta-feira, 19, a empresa anunciou a suspensão das vendas de passagens e deixou de voar nesta segunda-feira. A empresa tenta agora cobrir um rombo de US$ 38,6 milhões para retomar suas operações e esperava que a Air France a incorporasse como um braço “low-cost”.
A situação da XL Airways lembra a da Aigle Azur, outra companhia francesa que deixou de voar neste mês por falta de dinheiro, cancelando inclusive o único voo para a América do Sul então realizado e que ligava os aeroportos de Orly, em Paris, a Viracopos, em Campinas.
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