A Força Aérea Real da Malásia confirmou nesta sexta-feira (24) a seleção do FA-50 “Golden Eagle” da Korean Aerospace Industries (KAI) como o vencedor do programa FLIT-LCA, de aeronaves leves de combate e treinamento avançado. Ao todo, o país vai adquirir 18 jatos.
De acordo com a KAI, o negócio com Kuala Lupur foi fechado por US$ 920 milhões e as entregas dos aviões começarão em 2026. A fabricante sul-coreana também informou que no longo prazo espera negociar mais lotes do FA-50 com a Malásia, chegando a 36 aeronaves.
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“Esta exportação é fruto do fortalecimento da cooperação entre os dois governos”, disse o presidente e diretor-executivo da KAI, Kang Goo-young. “A KAI desempenhará um papel de parceiro de longo prazo por meio da cooperação de defesa, bem como da entrega bem-sucedida e do suporte operacional (para o FA-50).”
Os FA-50 escolhidos pela força aérea malaia virão com uma série de aprimoramentos, como a capacidade de utilizar armamentos mais avançadas e sistema de reabastecimento em voo.
A parte final de seleção do programa FLIT-LCA foi disputada entre o FA-50 e o caça HAL Tejas, produzido na Índia. Anteriormente, os malaios já haviam eliminado as propostas da Rússia, que ofereceu o MiG-29, da Turquia com o TAI Hurjet e do consórcio sino-paquistanês Chengdu-PAC, que ofertou o JF-17 Thunder.
Com está nova venda, o KAI conquistou o sexto cliente estrangeiro para o FA-50, que também é oferecido na versão T-50 dedicada para treinamento. Incluindo as unidades negociadas com Malásia, um total de 120 aeronaves do tipo foram vendidas para as forças aéreas de Filipinas, Indonésia, Tailândia, Iraque e da Polônia. A força aérea da Coreia do Sul, que introduziu o aparelho em 2014, conta com 110 exemplares do avião nas versões de ataque e treinamento.
Baseado no caça Lockheed Martin F-16, o FA-50 Golden Eagle utiliza um motor turbofan F404 fabricado sob licença pela Samsung, possui controles fly-by-wire, conceito HOTAS e radar pulso doppler. O caça de dois lugares pode atingir Mach 1.5 (1.852 km/h ao nível do mar) e transportar mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder e uma grande variedade de armamentos ar-terra.
Venda do FA-50 para a Argentina foi suspensa
Em 2019, a Força Aérea Argentina considerou a aquisição do FA-50 para preencher uma lacuna em sua defesa aérea que está vazia desde 2015, quando o país aposentou os últimos caças Mirage III. Na época, a KAI confirmou as conversas com Buenos Aires, que almejava a compra de 10 jatos por cerca de US$ 200 milhões. A negociação, porém, acabou suspensa em 2020 devido ao avanço da pandemia de Covid-19, que levou a Argentina a direcionar recursos para conter a crise de saúde.