Com os aviões militares em constante evolução e com equipamentos que podem enganar mísseis, os fabricantes desses armamentos precisam trabalhar em novas formas de neutralizá-los no caso de uma ameaça. A Raytheon Company, uma das maiores empresas dos Estados Unidos no setor de armamentos, divulgou nesta semana que está próxima de finalizar a aprovação do novo míssil “AIM-9X Sidewinder Block II”. O produto deve ser lançado até o final deste ano.
O artefato foi testado pela Marinha dos EUA (US Navy), que o lançou com sucesso a partir de caças (não foram divulgados detalhes das aeronaves). Ao todo foram 16 disparos, alguns contra alvos aéreos rádio-controlados.
“O AIM-9X Sidewinder Block II traz avanços significativos que melhoraram a movimentação, carga, segurança em voo e o mais importante, a capacidade de rastrear e destruir um adversário”, disse o Capitão Jim Stoneman do US Navy, em comunicado da Raytheon.
O Sidewinder é um dos mísseis mais famosos do mundo e já esteve presente em dezenas de conflitos. As primeiras versões surgiram na década de 1950 e atualmente ele é utilizado pelas forças armadas de 48 países. O AIM-9 é orientado por um sensor de radiação infra-vermelha. Ou seja, o míssil segue o calor gerado pelo avião inimigo.
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Na nova versão AIM-9X Block II, o míssil agora pode “travar” a aeronave inimiga a uma distancia superior ao seu alcance. Segundo o fabricante, essa característica permite um disparo mais rápido e preciso no momento em que o computador do caça autorizar o lançamento dentro do alcance do artefato. Antes era preciso chegar a distância mínima do alvo para então travá-lo e depois lançar. A Raytheon chama essa capacidade de “First Look, First Shot, First Kill” (primeiro a enxergar, primeiro atirar, primeiro a matar).
O Sidewinder, nas versões mais modernas, tem um alcance de até 18,2 km e pode abater aeronaves de pequeno a grande porte. Cada unidade custa cerca de US$ 85 mil. A Força Aérea Brasileira é um dos usuários desse míssil.
O título enganosamente, leva a crer numa nova família de mísseis, quando na verdade é uma atualização da família Sidewinder.
A FAB utiliza os modelos anteriores dos Sidewinders e não esse modelo em específico. E tem ´privilegiado o MAA-1 Piranha devido ao alto custo dos armamentos estadunidenses.
O subtítulo também, informa que utiliza radiação infravermelha para rastrear o avião inimigo, coisa que os primeiros Sidewinders já faziam na Guerra da Coréia.