Marinha dos EUA confirma a construção de mais dois porta-aviões

Embarcações com propulsão nuclear entrarão em serviço na próxima década
(US Navy)
(US Navy)
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Os novos porta-aviões da classe Ford possuem catapultas com sistema eletromagnético (US Navy)

A Marinha dos Estados Unidos anunciou na última semana a concessão de um contrato de US$ 15 bilhões ao estaleiro Huntington Ingalls Industries – Newport News Shipbuilding (HII – NNS) para a construção de dois novos porta-aviões nucleares da classe Ford, os modelos CVN 80 e CVN 81.

“Hoje celebramos um grande esforço de equipe para reduzir custos e maximizar a eficiência nas compras governamentais”, disse o secretário da marinha norte-americana, Richard V. Spencer. “Com foco na otimização das atividades de construção e aquisição de material, a equipe conseguiu economias significativas em comparação aos contratos de aquisição individuais. Um contrato para a construção dos dois navios permitirá que o construtor empregue melhor sua força de trabalho qualificada para projetar uma vez e construir duas vezes”, completou o oficial.

Os novos porta-aviões americanos devem ser finalizados até meados de 2032 e serão os substitutos de navios aeródromos construídos na década de 1970, no caso os modelos da classe Nimitz CVN 69 Eisenhower e o CVN 70 Carl Vinson. O primeiro modelo da nova classe Ford, o CNV 78 Gerald R. Ford, já está em fase de testes nos EUA, e o CVN 79 John F. Kennedy será lançado ao mar neste ano.

A Marinha dos EUA também confirmou que vai chamar o CVN 80 de Enterprise, um nome lendário na corporação e já usado em outras oito embarcações militares no passado, inclusive no primeiro porta-aviões com propulsão nuclear da história, o CVN 65, desativado no ano passado. O CVN 81 ainda não tem nome definido.

Comparativo entre o novo porta-aviões da classe Ford e o veterano Nimitz (Airway)
Comparativo entre o novo porta-aviões da classe Ford e o veterano Nimitz (Airway)

Os novos porta-aviões da classe Ford são considerados os mais avançados do mundo, com uma série de novas tecnologias. A principal delas é a catapulta de lançamento de aeronaves com sistema eletromagnético, em vez de a vapor. Outra inovação é o convés de voo maior, o que deve aumentar a capacidade de movimentação de aeronaves em cerca de 25%. A embarcação de 100 mil toneladas e 337 metros de comprimento também é projetada para receber pousos e decolagens de aeronaves de combate não tripuladas.

A Marinha dos EUA conta atualmente com 11 porta-aviões na frota, todos com propulsão nuclear.

Veja mais: Rússia avança em projeto de sucessor do cargueiro AN-124

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  1. Os portas-aviões podem ter tido seus lugares nas batalhas passadas, mas passam a ser alvos excelentes para os modernos mísseis hipersônicos dadas suas lentidões, baixas capacidades de manobras, extensas áreas visíveis do espaço etc. Imaginem um míssil sem carregar explosivos mas com “guiagem” autônoma lançados até alturas de 30 km de altura e tendo apenas uma ogiva de tungstênio maciço de 300 ou 500 quilos e retornando acelerado a 30.000 km/hora ou mais provocando um contato massivo e altamente danificante..

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