Porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos que é um dos maiores ícones da aviação embarcada e já foi até estrela de Hollywood, o USS Nimitz (CVN-68) encerrará sua longa carreira em 2025. A informação foi antecipada pelo website Janes e confirmada pela instituição militar.
Oficiais da marinha estadunidense revelaram à publicação que o Nimitz será removido da força de batalha no ano fiscal de 2025 e a desativação completa da embarcação é programada para 2027. Com essa decisão, encerra-se a discussão sobre a possibilidade de estender a vida útil do barco, algo que era cogitado pelo Pentágono até pouco tempo.
“Após o descomissionamento, o Nimitz terá servido seu país por 50 anos, desde a Operação ‘Earnest Will’ no Golfo Pérsico até sua implantação de 11 meses nas regiões do Indo-Pacífico e Oriente Médio em 2020-2021”, informou a Marinha dos EUA.
A construção do USS Nimitz começou em 1968 e o navio foi lançado ao mar em 1972. Concluída as provas de aceitação e testes com aeronaves embarcadas, o navio foi comissionado pela Marinha dos EUA em 1975 e segue ativo até hoje.
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Batizado em homenagem ao almirante Chester W. Nimitz, o porta-aviões de propulsão nuclear também deu origem a classe de navios que leva o nome Nimitz e outras duas subclasses, a Theodore Roosevelt e Ronald Reagan. Ao todo, os EUA possuem 10 desses navios aeródromos – o último modelo concluído foi o USS George H.W. Bush, da subclasse Ronald Reagan, comissionado em 2009 .
Substituto da classe Enterprise, que originou os primeiros porta-aviões com propulsão nuclear do mundo, a classe Nimitz, por sua vez, será sucedida pela nova classe Ford, que já conta um navio comissionado, o USS Gerald R. Ford, e outro modelo em fase de testes, o USS John F. Kennedy – além de outros dois em construção e mais um encomendado.
Com 332 metros de comprimento e pesando mais de 100 mil toneladas, o USS Nimitz tem um poder de combate equivalente ou até superior ao de forças aéreas inteiras de muitos países. A embarcação pode navegar com até 90 helicópteros e aviões, além de possuir um variado leque de armamentos. Devido a propulsão nuclear, a autonomia do barco é, em tese, de 25 anos.
Por se tratar de um navio com tecnologia sensível e exclusiva dos EUA, o USS Nimitz deve ser desmontado.
O USS Nimitz ganhou fama depois de “contracenar” com Kirk Douglas, Martin Sheen e grande elenco no filme “Nimitz Volta ao Inferno” (“The Final Countdown”, no título original em inglês), de 1978. No longa-metragem, a embarcação volta ao passado a tempo de enfrentar o ataque do Japão a base naval de Pearl Harbor, no Havaí, em 1941.
Medo do almirantado querer comprar mais um bibelot.