Se a Força Aérea dos EUA opera o F-22 Raptor, caça stealth de 5ª geração de grande porte, a Marinha americana continua a depender do versátil, mas convencional F/A-18E/F Super Hornet em seus porta-aviões nucleares e esse cenário seguirá por bastante tempo ainda (veja a razão no fim do texto). Mas o sucessor do caça da Boeing começa a se tornar mais claro.
Iniciado em 2016, o programa Next-Generation Air Dominance (NGAD), algo como “Domínio Aéreo da Próxima Geração”, enfim está próximo de uma definição. De acordo com o Almirante Scott Conn, que coordena o estudo de um novo caça de 6ª geração, deverá ser finalizado “dentro dos próximos dois meses”.
Ainda segundo Conn, a chamada “Análise de alternativas” (AOA) apontará que tipo de solução a Marinha necessitará: “informará as escolhas refletidas nos ciclos orçamentários futuros em termos do que será necessário fazer para obter a letalidade que precisamos a um custo que podemos pagar”.
Na época em que foi lançado, o programa previa caças tripulados e não-tripulados além de demonstrar capacidade de guerra eletrônica para substituir os EA-18G Growlers, também baseados no caça da Boeing.
Foco no F-35
Enquanto não tem claro que tipo de aeronave de combate encomendará na próxima década, a Marinha americana toca dois programas importantes, o que envolve o caça Lightining II da Lockheed Martin e do qual deverá receber 260 unidades da versão F-35C, de decolagem e pouso em porta-aviões e que aposentarão os F/A-18 mais antigos das séries A, B, C e D.
Ao mesmo tempo, a US Navy acaba de assinar um contrato com a Boeing para a modernização de 78 unidades do Super Hornet para o padrão Block III e quer fazer com que os F/A-18E/F operem até pelo menos 2030.
Como a estrutura reforçada para voar por 9 mil horas (contra 6 mil atualmente), maior alcance e capacidade de armas, sistemas mais avançados além de uma assinatura de radar ligeiramente menor, os F/A-18 do Block III devem servir até que o novo caça de 6ª geração entre em operação. “Qualquer coisa após essa modernização envolve a discussão do NGAD, que vai substituir aquela aeronave ”, afirmou o Almirante em audiência na capital americana. Também referido como F/A-XX, o programa da Marinha dos EUA acabou separado do requerimento da Força Aérea (F-X) embora possa haver algum tipo de sinergia.
Se para a Marinha americana o novo caça é imprescindível, para os Fuzileiros Navais ele será dispensável já que o objetivo é unificar seus esquadrões de caça com o F-35B, a variante de decolagem e pouso curto ou vertical, além de alguns F-35C para serem usados nos porta-aviões do país.
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