A Marinha dos EUA concedeu nesta quarta-feira (31) à Boeing um contrato de US$ 1,6 bilhão para a produção de 11 jatos de patrulha marítima P-8A Poseidon. Nove dessas aeronaves serão incorporadas pela marinha norte-americana e duas irão para a frota da Força Aérea Real Australiana (RAAF), um parceiro do programa P-8A desde 2009.
Com o novo contrato, a Marinha dos EUA soma 128 P-8A encomendados, dos quais mais de 100 exemplares já foram entregues. A RAAF, por sua vez, receberá os dois últimos Poseidon de seu pedido, de 14 aeronaves. A aeronave também está em serviço nas forças armadas do Reino Unido e Índia. Outros clientes são a Noruega e Coreia do Sul, que receberão os aviões a partir de 2022.
“O P-8A continua a ser um ativo inestimável e essas aeronaves adicionais ajudarão a fornecer patrulha marítima expandida e capacidades de reconhecimento para a frota”, disse o Capitão Eric Gardner, gerente do programa Patrulha Marítima e Reconhecimento da Marinha dos EUA.
O P-8A é uma plataforma de patrulha marítima e reconhecimento baseado no jato comercial 737-800 NG (geração anterior ao 737 MAX). A aeronave pode voar por mais de 10 horas e 4.000 milhas náuticas (7.400 km) sem reabastecimento e transportar 9 toneladas de carga bélica. Entre os armamentos levados pelo Poseidon estão quatro mísseis anti-navio Harpoon, cinco torpedos e 129 sonoboias, dispositivos usados para detectar e rastrear submarinos.
“Continuamos a ouvir feedbacks de esquadrões da Marinha que nos dizem que o P-8A está superando as expectativas”, disse Stu Voboril, vice-presidente e gerente do programa P-8A da Boeing. “Nosso foco é entregar a melhor aeronave de patrulha marítima do mundo. Isso só acontece quando as equipes realmente colaboram, ouvem e se concentram nas prioridades do cliente.”
Introduzido em 2013 na Marinha dos EUA, o P-8A foi escolhido para substituir os antigos turboélices Lockheed P-3 Orion (baseado no memorável L-188 Electra), em serviço nos EUA desde a década de 1960.
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