A Marinha dos EUA (US Navy) revelou mais detalhes sobre o programa NGAD (Next Generation Air Dominance), que dará origem ao caça de 6ª geração ainda conhecido apenas pela designação provisória de F/A-XX.
O novo jato de combate substituirá o F/A-18E/F como aeronave de interceptação e de ataque nos porta-aviões nucleares dos EUA em meados da década de 2030. E seu papel será bastante diferente do Super Hornet, pelo que mostra um documento da Marinha divulgado recentemente, o “Navy Aviation Vision, 2030-2035”.
Segundo ele, o F/A-XX terá um maior alcance e velocidade que o atual caça da Boeing e contará com tecnologias de sensores passivos e ativos além de possuir capacidade para utilizar armas de longo alcance que serão desenvolvidas no futuro.
“À medida que os Super Hornets são retirados de serviço, uma combinação de F-35C e F/A-XX proporcionará capacidade tática na Marinha e dentro da CVW (ala aérea de porta-aviões). As capacidades avançadas do F/A-XX permitirão manter a relevância dos porta-aviões nucleares em cenários de ameaças futuras”, diz o documento da Marinha.
A apresentação também traz um esquema de combate em que o F/A-XX é o componente principal de uma esquadrilha de aeronaves não tripuladas, entre elas o que parecem ser um reabastecedor aéreo, um avião de alerta aéreo antecipado e dois drones de ataque, os chamados “Loyal Wingman”.
A ilustração mostra um conceito de caça com canards e o que parece ser uma cauda em V, semelhante ao protótipo YF-23. Os motores sugerem bocais vetoráveis, mas é provável que o layout não seja uma visão realista do projeto.
O programa NGAD, no entanto, ainda estaria numa etapa bastante inicial a ponto de a Marinha dos EUA contar com o F/A-18E/F Bloco III como seu principal jato embarcado até 2035. A variante conta com assinatura de radar reduzida, um sensor IRST mais avançado e sobretudo aviônicos de conceito modular, que poderão ser atualizados com mais frequência.
Para um serviço que já teve várias aeronaves de combate de ponta, a atual situação da US Navy é um tanto decepcionante comparada à Força Aérea dos EUA, que opera um caça stealth há vários anos (F-22 Raptor) e recentemente realizou o voo inaugural de um caça de próxima geração. Algo preocupante, visto que a China tem dado largos passos em direção à contar com uma Marinha mais poderosa.