A Embraer e a Pratt & Whitney completaram uma etapa de testes com o jato E195-E2 utilizando 100% de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) em um dos motores. Os ensaios de voo foram executados a partir do Aeroporto Regional de Vero Beach, no estado da Flórida, nos Estados Unidos.
Segundo a fabricante brasileira, a aeronave abastecida com SAF completou 70 minutos de testes de voo e comprovou que os motores GTF usados da família E2 podem utilizar 100% de combustível sustentável “sem comprometer a segurança ou a performance”.
Atualmente, as aeronaves da Embraer são certificadas para operar com uma mistura de até 50% de SAF adicionado ao querosene Jet A/A1.
“A redução das emissões pode chegar a 85% ao utilizar 100% de SAF. A substituição de aeronaves antigas por produtos de nova geração e a utilização de SAF na produção são as duas ações mais efetivas na aviação comercial para alcançar uma redução significativa das emissões”, disse Rodrigo Silva e Souza, Vice-Presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Embraer Aviação Comercial. “Esse teste demonstra que o E2 está pronto para a certificação e operação 100% SAF uma vez que a indústria finalizar a padronização dos combustíveis.”
O SAF utilizado no E195-E2 nos testes na Flórida foi o HEPA-SPK (éster hidroprocessado e querosene parafínico sintético de ácidos graxos) fornecido pela World Energy, que produz o biocombustível a partir de óleo vegetal.“O SAF é uma parte essencial da nossa rota de sustentabilidade e continuamos trabalhando com parceiros e órgãos reguladores da indústria para apoiar o desenvolvimento de um padrão 100% SAF”, afirma Graham Webb, Diretor de Sustentabilidade na Pratt & Whitney. “Este teste comprova que os motores GTF podem operar com qualquer combustível e que a família de jatos E2 está pronta para a certificação 100% SAF.”
Desculpem discordar. Usar combustível derivado de alimentos em uma época de escassez equivale a retirar alimentos da mesa dos mais pobres. Até há algum tempo atrás uma embalagem de óleo de soja custava USD 1. Agora custa usd 2.
Para o europeu- de- barriga -cheia talvez välja a pena pagar mais caro pelo alimento em troca da consciência do dever ambiental cumprido.
Mas para a imensa maioria das pessoas na América Latina, África e Ásia o preço alto pode inviabilizar ou restringir o uso do óleo comestível