A estatal Iran Air recebeu no 17 de abril dois jatos Airbus A330-200, dobrando a frota do modelo na empresa aérea para quatro aeronaves.
Estes aviões receberão as matrículas EP-IJC e EP-IJD e voaram anteriormente na Hong Kong Airlines como B-LNK e B-LNL, ambos configurados com 18 assentos na classe executiva e 246 na econômica.
Assim como o EP-IJA e EP-IJB, ambos são equipados com os motores Rolls-Royce Trent 700.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Os aviões fizeram a rota Haikou-Mascate-Teerã, mas ainda não há informações se a aquisição das aeronaves foi feita por empresas de fachada e repassadas ao Irã ou se houve autorização dos Estados Unidos.
Os A330-200 chegaram na cor branca e deverão passar por modificações para atender aos padrões da Iran Air.

A ligação do Brasil com os A330 da Iran Air
A Iran Air recebeu seus dois primeiros A330-200 em março de 2017, e vieram de uma encomenda cancelada pela Avianca Brasil, onde receberiam as matrículas PR-OCL (EP-IJA) e PR-OCF (EP-IJB).
Os aviões foram entregues em 2014 e ficaram estocados ainda nas cores da empresa brasileira desde meados de 2014 no aeroporto espanhol de Teruel.

Esses widebodies faziam parte do acordo entre a Iran Air e a Airbus para a compra de 118 aeronaves do consórcio europeu, que envolvia A320, A320neo, A330-200, A330-300, A330-900neo, A350-1000 e A380.
A megacompra foi possível na época em virtude do acordo Joint Comprehensive Plan of Action – JCPOA, assinado entre o Irã, Estados Unidos, China e Europa para monitorar o programa nuclear iraniano, em troca do relaxamento das sanções.
Parte do acordo previa a pronta entrega de aeronaves que estavam estocadas, como os A330-200 da Avianca Brasil. Após a eleição do Donald Trump para o seu primeiro mandato nos Estados Unidos, o país se retirou do JCPOA e voltou com as sanções contra o Irã, afetando as compras de aeronaves realizadas com a Airbus, ATR, Bombardier e Boeing.