O governo do presidente argentino Javier Milei pretende ajudar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia repassando cinco jatos de ataque Dassault Super Etendard ao país europeu.
Segundo o InfoBae, o Ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, já manteve reuniões com membros da Otan e do governo francês, que receberia as aeronaves compradas em 2019 de volta em troca de outros armamentos.
A intermediação da França é necessária porque os Super Etendard não puderam ser colocados em serviço em virtude da ausência do dispositivo de disparo dos assentos ejetáveis Martin Baker.
A empresa britânica está proibida de dar suporte à Argentina como parte de sanções estabelecidas pelo Reino Unido desde a Guerra das Malvinas, em 1982.
Os cinco jatos chegaram a ser montados e realizar testes em solo, enquanto a Marinha argentina tentava uma solução alternativa para operá-los com segurança, mas teria desistido no ano passado.
Devolvidos à França, os Super Etendard poderiam receber o dispositivo e serem usados em missões anti-navio, equipados com o míssil Exocet.
Navios britânicos afundados na Guerra das Malvinas
A despeito da vontade de Milei, o plano é considerado pouco útil para as forças armadas ucranianas já que a pequena frota não compensaria o investimento em treinamento de pilotos e pessoal de solo.
Por outro lado, o presidente francês Emmanuel Macron, afirmou em 6 de junho que pretende doar alguns caças Mirage 2000-5 à Ucrânia num futuro breve. O jato supersônico também foi desenvolvido pela mesma Dassault que forneceu os Super Etendard.
A Marinha argentina operou 14 jatos de ataque franceses a partir de 1979, quando os Estados Unidos impuseram um embargo para os jatos A-4 Skyhawk.
Durante a Guerra das Malvinas, o Super Etendard e o míssil Exocet se tornaram célebres por afundar o destroier HMS Sheffield e o navio mercante Atlantic Convenyor, utilizados pela Real Marinha britânica.
Os aviões remanescentes acabaram retirados de serviço em 2014.