Já se passaram 11 anos desde que a Mitsubishi Aircraft decidiu lançar o programa do jato regional MRJ (Mitsubishi Regional Jet), mas até hoje nenhum único avião foi entregue. A fabricante japonesa, no entanto, agora parece estar perto de atingir seu objetivo.
Em entrevista recente, o presidente da fabricante, Hisakazu Mizutani, afirmou que o programa entrará em nova fase quando mais dois protótipos se juntarem aos cinco aviões hoje usados nos testes. O objetivo é obter a certificação do avião junto às autoridades japonesas e também a europeia EASA e a americana FAA a fim de entregar o primeiro avião em 2020.
Desde o primeiro voo do modelo MRJ90, em novembro de 2015, o bimotor já acumula quase 2.700 horas de voo, mas precisou passar por vários modificações para atender os requerimentos de certificação.
Mesmo assim, o jato japonês possui hoje um bom número de encomendas: são 213 pedidos firmes (100 deles da companhia americana Skywest) e 194 opções. A companhia All Nippon Airways será o cliente lançador do MRJ90, capaz de levar 88 passageiros.
MRJ70 perto da definição
Além do programa do MRJ90, a Mitsubishi também confirmou que o modelo menor, o MRJ70, pode ser lançado oficialmente em junho durante a feira aérea de Le Bourget, em Paris. Com capacidade para até 76 passageiros, o jato foi pensado para satisfazer as companhias aéreas regionais dos EUA que não podem encomendar aviões maiores.
Mas para tornar o MRJ70 mais eficiente, a fabricante decidiu aprimorar o projeto para ser mais econômico, confortável e ecológico. Resta saber se essa variante atenderá o peso máximo de decolagem de 86.000 libras (cerca de 39 toneladas), parte da cláusula de escopo acordada entre as três grandes companhias aéreas dos EUA e o sindicato de tripulantes.
O E175-E2, jato da Embraer concorrente do MRJ70, passa hoje por dificuldades por não atender esse teto de desempenho e capacidade. A empresa brasileira decidiu arriscar construir um avião maior na esperança de que o acordo entre companhias e pilotos pudesse mudar, o que ainda não ocorreu – se isso de fato acontecer algum dia.
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Gostaria de que a Embraer cancelace o “acordo com a Boeing” a Embraer sempre andou sozinha. Não é bom que um Impala se junte a um Leão , o Impala pode se tornar um bom “Pitisco” . A Embraer tá precisando de verba para investir pesado no segmento de Jato Intercontinental de longe alcance, um Jato revolucionário para dá uma nova dinâmica no setor aeronáutico mundial .