O 50.000° motor turboélice da série PT6 saiu da linha de produção, anunciou nesta semana a Pratt & Whitney, tradicional fabricante de motores aeronáuticos. Anunciado em 1958, os primeiros testes com o propulsor começaram em maio de 1961 e ele entrou em serviço em 1964, nas asas de um Beechcraft Queen Air.
“Desde a primeira aplicação, há mais de 50 anos, o agora icônico motor PT6 tem mais de 130 aplicações diferentes hoje”, disse Irene Makris, vice-presidente de vendas e marketing da Pratt & Whitney. “Com cada novo modelo de motor desenvolvido e projetado para uma missão, plataforma e cliente em mente, nossos funcionários continuam a construir um motor mais eficiente e inteligente com uma pegada ambiental cada vez menor.”
Segundo a fabricante, mais de 25.000 motores PT6 estão em serviço atualmente e a frota de aeronaves impulsionadas pelo propulsor acumula mais de 410 milhões de horas de voo. O motor entregue nesta semana foi um PT6 E, destinado ao Pilatus PC-12 NGX.
“Este marco de produção é incomparável na indústria. Isso nos oferece outra oportunidade de comemorar o sucesso contínuo do motor à medida que continuamos explorando novos horizontes para ainda mais possibilidades de voo”, disse Makris. “A conquista é a pedra angular coletiva da Pratt & Whitney na aviação geral.”
1.001 utilidades
O PT6 é um dos primeiros nomes lembrados, se não o primeiro, quando o assunto é motor turboélice. A série de propulsores desenvolvida pela Pratt & Whitney está presente em quase 100 aviões de pequeno porte e helicópteros de uso civil e militar de fabricantes do mundo todo.
Alguns dos principais aviões turboélices de uso executivo e regional, como o Beechcraft King Air e o Cessna Caravan, usam o PT6. O motor ainda está presente em aviões da Piper Aicraft, Pilatus, PZL e até no bimotor chinês Harbin Y-12 (e no helicóptero chinês Changhe Z-8F).
Aeronaves da Embraer também são impulsionadas pelo consagrado motor da PT, casos do Bandeirante, Xingu, Tucano e o Super Tucano.
O PT6 também já foi aplicado em locomotivas e até em carros de corrida, como o Lotus 56B que competiu no campeonato de Fórmula 1 de 1967. Um dos pilotos que correu com o “Lotus Turbina” foi o brasileiro Emerson Fittipaldi.
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