Não adiantaram as duas visitas de jatos E2 à Oceania e todo um esforço de vendas da Embraer para conquistar um novo cliente na distante Papua-Nova Guiné, um pequeno país localizado no Oceano Pacífico.
A Air Niugini, sua companhia aérea nacional, anunciou nesta terça-feira (15) ter selecionado o Airbus A220 para renovar sua frota, dominada por antigos Fokker 70 e 100, alguns deles que voaram na TAM nos anos 90.
A transportadora revelou a intenção de contar com onze jatos da Airbus, entre modelos A220-100 e A220-300, que se juntarão a dois widebodies Boeing 787 Dreamliner, destinados às rotas de longo alcance.
“O Airbus A220 pode operar rotas domésticas e internacionais com maior capacidade. Ele consome 27% menos combustível do que a frota atual e tem maior conforto e eficiência operacional”, disse o Ministro das Empresas Estatais, Hon William Duma.
Segundo ele, a decisão foi aprovada pelo Conselho Executivo Nacional, abrindo espaço para que a Air Niugini siga com o processo de negociação com a Airbus.
As aeronaves, no entanto, só deverão ser entregues a partir de 2025, o que fará com que seus velhos Fokker permaneçam voando por um bom tempo ainda.
E190-E2 e E195-E2 em Port Moresby
Atualmente, a frota da Air Niugini é composta de 20 aeronaves, sendo sete Fokker 100, seis Fokker 70, dois Boeing 767-300, um Boeing 737-800 e quatro turboélices Dash 8.
Segundo o Planespotters, quatro dos jatos da Fokker estão aterrados além de dois Dash 8.
Não faltou esforço da Embraer para tentar conquistar o novo cliente. Em julho de 2019, a fabricante enviou um E190-E2 até a capital do país, Port Moresby, para apresentá-lo aos executivos da Air Niugini.
Em fevereiro deste ano foi a vez do E195-E2 “Tech Lion” fazer uma visita ao país, a caminho da Austrália.
Embora tenham um bom alcance, os jatos E2 ficam atrás do A220 nesse quesito, o que pode ter influenciado a decisão já que a companhia aérea opera numa região com muitas ilhas e destinos relativamente distantes.
A Embraer precisa dar uma guinada no programa dos E2
O papel do E2, por ser praticamente o mesmo do antecessor (Rotas curtas e médias), acaba prejudicando e muito o projeto. A220 é muito mais flexível faz voos de até 5 ou 6 horas. A Embraer aposta no preço mais acessível do modelo e no “relaxamento” da cláusula de escopo dos EUA pra começar a vender o 175 E2. Mas nenhuma dessas apostas está se pagando até agora.
Mistérios estes negócios do A-220. Se for por alcance o F-100 tem 3.000 Km e o E-21 195 tem 4.800 Km…