A NASA divulgou na última semana as primeiras imagens conceituais apresentando o design final do avião elétrico experimental X-57 Maxwell, projeto iniciado em 2016 e que pode abrir o caminho para a introdução de tecnologias mais eficientes e sustentáveis na aviação.
Segundo a agência espacial dos EUA, o X-57 “pode ser mais econômico, silencioso e mais ecológico do que os aviões movidos por motores a combustão tradicionais”. Ainda de acordo com a NASA, quando estiver totalmente desenvolvido, o avião elétrico poderá ser 500% mais eficiente em velocidades de cruzeiro do que as aeronaves convencionais.
O novo “X-Plane” é o primeiro avião elétrico estudado pela agência americana, que usou como base o Tecnam 2006T, bimotor a pistão produzido na Itália. O primeiro voo de teste do protótipo é programado para o terceiro trimestre de 2020, informou a agência.
A aeronave desenvolvida pela NASA possui 14 motores elétricos e pesa 1.360 kg, cerca de 100 kg a mais que o Tecnam 2006T original e que detém o título de avião bimotor mais leve do mundo. Esse acréscimo deve-se principalmente a instalação do conjunto de baterias de fosfato de lítio, que pesa quase 400 kg. Além disso, o X-57 também foi equipado com uma asa fina e de alta sustentação.
Apesar de ainda não ter decolado, a agência calcula que o X-57 poderá voar a velocidade de cruzeiro de 275 km/h e alcançar altitudes entre 8.000 pés e 14.000 pés (2.440 metros e 4.270 m). Informações sobre o alcance de voo da aeronave ainda não foram divulgadas.
“O X-57 ajudará a estabelecer padrões de certificação à medida que os mercados de aeronaves elétricas começarem a surgir”, encerra o comunicado da NASA sobre o projeto.
Nota do editor: O nome do novo X-Plane da NASA é uma homenagem ao físico escocês James Clerk Maxwell, autor de importantes estudos sobre electromagnetismo no século 19 e considerados fundamentais para o entendimento e criação dos motores elétricos.