A Bombardier e a NetJets revelaram ter chegado a um acordo para aquisição de até 232 jatos Challenger 3500 dos quais 12 fazem parte de um pedido firme assinado em dezembro.
Companhia que atua no segmento de propriedade fracionada de aeronaves de negócios, a NetJets pode investir cerca de US$ 6 bilhões no acordo, caso todas as opções de compra sejam exercidas.
Os primeiros aviões serão entregues a partir do segundo semestre de 2025, afirmou a Bombardier.
O Challenger 3500 é um jato executivo da categoria super midsize, onde ele disputa mercado com o Embraer Praetor 600.
Curiosamente, a NetJets é uma grande cliente da linha Praetor, tendo encomendado 250 aviões da versão 500 em maio de 2023.
O Challenger 35000 começou a ser entregue no ano passado e é baseado na variante anterior, Challenger 300.
Ele oferece um alcance de até 3.500 milhas náuticas (quase 6.500 km) e capacidade para aproximações íngremes, voltadas a aeroportos em regiões urbanas.
“O jato Challenger 3500 continua a impressionar com sua combinação definitiva de experiência de cabine refinada, confiabilidade comprovada e desempenho superior, alinhando-se perfeitamente com as necessidades da exigente base de clientes da NetJets”, disse Éric Martel, Presidente e CEO da Bombardier. “Não poderíamos estar mais orgulhosos de ver o jato executivo Challenger 3500 se juntar à frota da NetJets enquanto escrevemos o próximo capítulo da nossa colaboração de longo prazo.”
Entregas estáveis nos próximos anos
A despeito do acordo bilionário, os executivos da Bombardier se mostraram pragmáticos sobre as entregas de suas aeronaves executivas.
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Em evento no dia 1º de maio em suas instalações no Aeroporto Internacional Pearson, em Toronto, a empresa afirmou que as entregas nos próximos anos irão se estabilizar após um período de crescimento.
A Bombardier espera entregar entre 150 a 155 aeronaves em 2024, comparado aos 138 jatos entregues no ano passado.
A divisão de aviação executiva responde por dois terços da receita da empresa canadense, que anos atrás se desfez de suas aeronaves regionais como os jatos CRJ e C Series (A220), além da linha DHC.
Além disso, a empresa encerrou a produção do icônico Learjet além de ter vendido a divisão ferroviária para a francesa Alstom.